sexta-feira, agosto 24, 2007

Ljubljana: é já amanhã









quinta-feira, agosto 23, 2007

Quase me esquecia de dizer

Estou quase, quase a chegar. Em modo sossegado, modo férias, modo passeio. Mas com um saltinho à cidade e aos amigos. Datas a definir.
Entretanto o tempo escorre entre correrias de trabalho, lavandaria, amigas na cidade e escadas para lavar. Para ver se não me queixo de dias lentos.

Obrigada, Senhora Mãe.



Largo de São Martinho 6 - 7, à Sé.

Uma óptima esplanada, um óptimo ambiente, um serviço atento. Sabores de culto. Carlos Candeias de parabéns.

Os merecidos agradecimentos.






quarta-feira, agosto 22, 2007

Tão-ingénuas-que-nós-somos

Recordo a combinação do jantar - a lista de compras frustrada, a escolha de um cardápio sem estímulo -, a decisão: Casa Pizza, a troca de presentes das recém aniversariantes, o jantar falador e bisbilhoteiro e um chá muito adocicado que alimentou a conversa altamente privada e não aconselhável a imberbes moçoilas de 26 anos.
Balanço: Un jantar in, de pessoas out!

Da série "sou uma geek"

(e já ía de férias)




Foi o momento alto do dia. Quando isto aconteceu, quando a coisa resultou. Cheguei a berrar.

E eu juro que continuo a mesma pessoa, que continuo mais dada a livros que a programas e que continuo a gostar mais de palavras que de números. Mais que isso, sinto-me impotente frente a mensagens de erro que näo me dizem nada e frustrada com traps vindas das entranhas do modelo que me devora os dias. A tudo isto continuo a preferir mensagens de telemóvel e imprevistos na vida (pessoal), e se é para ficar contente ou nervosa, feliz ou irritada, que seja por amores.

(e já ía de férias)

terça-feira, agosto 21, 2007

Inteligência

Sinto-me, de tempos a tempos, a chegar à barreira da minha inteligência. Tento, faco esforcos, faco forca. Penso, penso, penso - para tentar compreender, ou chegar lá. E näo consigo.

Acabou de acontecer. Acabei de chegar ao muro. E agora, José?

sábado, agosto 18, 2007

The end of the affair


O livro comeca como um relato de amor e de ódio, aultério, um trio amoroso em tempo de guerra, ciúme. E de repente salta para o limbo entre o agnosticismo e a fé. O medo do fim do amor que leva alguém a pôr tudo - a vida - nas mäos do que näo se acredita.


O livro é, como já disse, das coisas mais bonitas que já li. E do que mais me pôs a pensar no Deus em que näo acredito. Por causa do amor e da morte. A fé improvável que nasce do amor impossível.

sexta-feira, agosto 17, 2007

Livros

Apercebi-me que nunca perco a capacidade de me maravilhar com um livro. Por mais que leia - ou talvez a cada livro que leio -, näo deixo de me surpreender quando, sem saber muito sobre o que estou a comecar a ler, mergulho em páginas, pensamentos, enredos, palavras ou mundos que me fascinam. E tudo isto pode acontecer com livros muito, muito diferentes. (Esta sequência de banalidades e lugares comuns tem um objectivo, acreditem).

Nas últimas semanas passei por uma mistura de história, política e ficcäo (Império, de Gore Vidal), pelo humor Britânico do início do século XX (The inimitable Jeeves, P.G. Wodehouse), pelas entranhas de África (Things fall apart, de Chinua Achebe), e agora The End of the Affair* (Graham Greene). E é sobre este que vou falar a seguir. Porque estou maravilhada.

* Cheira-me que o livro vai ficar guardado carregado de valor sentimental. Foi comprado no Portobello Road Market, em Notting Hill, a 3 libras e em boa companhia. Gracas à Rita, que me fala de livros que me ficam na cabeca - e näo descanso enquanto näo os leio.

Espero ter ainda direito a um fim de semana no Iraque...

Direito a 40 graus...


Direito ao meu café de sábado à tarde na praia...


(ainda que Lagos seja um plano muito aliciante, está a mais de uma hora de Lisboa...e eu também ainda não sei se estou preparada para lá voltar...)

quarta-feira, agosto 15, 2007

Bairro Alto no feminino

Que bom estar na conversa, rir, pensar, partilhar histórias, emoções, olhar para os olhos brilhantes dos outros, sentir os sorrisos e sorrir, deixar-nos ir pelo timbre das vozes que soam à nossa volta.
Saciar a sede.
Levar encontrões.
Ver o diferente: cabelos espetados, piercings amontoados em corpos despidos e tatuados.
Deixar passar o carro do lixo.
Ficar com os saltos presos na calçada.
Esperar horas na fila da casa-de-banho (sempre, claro, com a amiga-que-vai-connosco).
Olhar para o candeeiro partido algures na esquina do bar da esquina, que deixa trespassar uma luz mais forte e intermitente.
Furar a humanidade para encontrar os amigos.
Sentir os cheiros da cerveja gelada nos copos de plástico, os laivos de perfumes masculinos e femininos misturados com suores de uma noite de Verão, o cheiro da roupa lavada estendida na janela da vizinha do primeiro-andar.
Ouvir os sons ecléticos que esvoaçam pelas ruelas.
Estar.


1907-1995


Prospecção


Não são pepitas de oiro que procuro.


Oiro dentro de mim, terra singela!


Busco apenas aquelaUniversal riqueza


Do homem que revolve a solidão:


O tesoiro sagrado


De nenhuma certeza,


Soterrado


Por mil certezas de aluvião.


Cavo,


Lavo,


Peneiro,


Mas só quero a fortuna


De me encontrar.


Poeta antes dos versos


E sede antes da fonte.


Puro como um deserto.


Inteiramente nu e descoberto.


Miguel Torga









terça-feira, agosto 14, 2007

Dos mais felizes da Europa - os Dinamarqueses

Como sobreviver na Finlândia - Licäo I


1. Abrir bem os olhos;
2. Aproveitar os dias compridos, o sol e os lagos;
3. Experimentar - e repetir, repetir - a gastronomia típica (fotografias näo disponíveis).

Como sobreviver na Finlândia - Licäo II


1. Encontrar elementos do extremo Sul;
2. Diluir o calor e o ritmo entre as vassouras nuas e descoradas do Norte;
3. Fechar os olhos às redondezas e fazer de conta.




segunda-feira, agosto 13, 2007

Não tens de agradecer pelo pouco ou nada que fiz...

Melgar, melgar, melgar. Ouvir o silêncio das palavras que não se conseguem dizer. Sentir a impotência da vida perante a morte e ao mesmo tempo a espantosa vida que a morte provoca em nós.

Eis a receita para o que não tem receita, os ingredientes para esta amálgama de sentimentos, sertãs fervilhantes de amizade, de compreensão e respeito.

Beijo melgado


I have joked about art being the intellectual's Catholocism, that is, a wishful belief in afterlife. Better than to live on in the hearts and minds of the public is to live on in one's apartment, is how I put it.

Woody Allen, a propósito da morte de Bergman, International Herald Tribune.*

* à falta de jornais Portugueses. E ainda que seja dado à direita.

Da distância

Näo säo só as saudades. Näo säo só as pessoas que fazem falta ou os sítios onde queríamos estar. Säo os momentos, bons ou maus. As situacöes que imaginamos de longe e onde, no quadro que pintamos, vemos o buraco - espaco vazio onde eu devia estar, onde eu fazia falta, onde eu seria eu. E tudo por causa da amizade.

Queria estar contigo, Maria, queria saber o que estava a acontecer, estar ao teu lado sem dizer nada, viver mais uma vez o momento a duas. Porque estive sempre, como estiveste sempre. Eu aprendi as emocöes contigo - e devia estar agora onde elas estäo a ser geridas. Aí.

Mas vou rápido. Até lá, imagina também o quadro por aqui - ainda que nunca tenhas estado neste canto da Europa -, e vê (também) o espaco vazio que te pertence, e que tem aumentado muito, muito.

É mais do que amizade. Acredita que näo saberia viver sem ti.

Querida Maria,

queria estar aí. E ter estado aí. E estar aí sempre.

O mundo por cá...

A seis dias de completar os seus 87 anos a nossa Vó Lina deixou-nos.
Uma vida pesada resultou numa falência múltipla de orgãos, natural da idade...
Agora surge o arrependimento de não se ter passado mais tempo junto, de não ter deixadas escritas pela sua voz todas as histórias que sempre nos contou, mas que a nossa memória tão mais jovem já atraiçoa...
Acabaram as idas aos Olivais, fica o aperto na garganta de não ter feito mais e melhor...
8 filhos, 17 netos e 16 bisnetos.(sim,somos muitos.)
Lembrarei de não ir dormir nunca com o cabelo molhado e de que os dias crescem 1 minuto por dia.

Também a nossa Tia mais Linda não pôde mais.E a tristeza dobrou e foi ainda um pedacinho maior que isso...Porque a esperança é mesmo a última a morrer.Mas sobre os dois meses que lhe tinham dado até ao último Natal,resta o conforto de que ainda viu um neto (e dois dentes!) nascer, passou a Páscoa como não a passava há muitos anos,acreditou e finalmente deixou-se ajudar.
O sentimento deixa de ser egoísta de pensar a falta que nos fazem a nós directamente, ou a saudade que vamos sentir por cada qual, e passa a ser o reconhecimento e revivênvia de cada etapa que está para se seguir na tristeza daqueles a quem vão fazer ainda mais falta: filhos, maridos e irmãos.
Sabemos o que vão sentir e não queremos que sintam o vazio que se vai fazer sentir desde logo e sempre.
Mas ainda assim sente-se a tristeza da impotência relativa...
Nunca se aprende a lidar com a morte, mas aprende-se a gerir emoções. Surge o desejo de cuidar daqueles que já cuidaram de nós.Reconhecemos a dor que sentem e queremos ampara-la para que nunca tenha de ser como foi a nossa: ou porque já a sentimos um dia, ou até porque não a chegamos a sentir, já que alguem tratou de nós.

Contudo a angústia não termina.A juntar-se à tristeza que já por si é grande, surge o medo do que se vai fazer: será certo...será errado? Estaria de acordo, ou será uma afronta a toda uma vida dedicada?
É um caso mais grave do que a natural morte de uma mãe, mulher ou irmã...ficou alguém muito desprotegido. Alguém que toda a vida dependeu da mãe,e que agora precisa da ajuda de todos, e que ninguém sabe tratar como a mãe tratou.
Alguém que em 30 e poucos anos de vida sempre a teve e que cujas vidas pareciam uma só. Nunca viveu sem ela, e a mãe viveu para ela.

Oh, can't anybody see,
We've got a war to fight,
Never found our way,
Regardless of what they say.



How can it feel, this wrong,
From this moment,
How can it feel, this wrong.

Obrigada "melga" Prpuxa, aquela que não "desgrudou" por um minuto (e a quem nem um beijo de parabéns consegui ainda dar...desculpa)
E também a todos os outros que se preocuparam e cujos telefonemas (um, mais do que inesperado) foram reconfortantes de algum modo.

A vida é feita de momentos.Uns melhores do que os outros, é certo...Mas tudo passa e infelizmente temos mesmo de reconhecer alguns maus, para podermos dar valor a pequenas (mas tão importantes) coisas que nos rodeiam.

sexta-feira, agosto 10, 2007

Raaapi barcedai tu iu...


Pensando em ti desde manhä. A festejar mais um ano. E que os festejos se prolonguem - ou se repitam - daqui a umas semanas. Parabéns!

quarta-feira, agosto 08, 2007

Agosto

Enquanto Portugal pára e espera que, lentamente, o ano acabe, eu sinto que um novo já recomecou, já voltei ao activo e já quero silly season de novo. Que o Veräo entre lagos näo sabe ao mesmo que com o mar por perto e restos de sal e areia na pele.

terça-feira, agosto 07, 2007


Para o africano - e näo só. Devoro páginas.

Adenda: O livro foi recomendado há uns dias por um colega Africano, do Gana, com quem näo me canso de conversar. Na minha ida à cidade durante o fim de semana consegui encontrar a Chinua Achebe em inglês, sou uma sortuda. Desde aí, näo consigo parar. As profundezas de África e as suas tribos, rituais, crencas, tradicöes. Homens com muitas mulheres, muitos filhos, poder. E a leitura vai sendo floreada e enriquecida com as histórias do meu amigo dos Camaröes que, recém-casado, lutou com o pai pelo direito de escolher a monogamia. O pai, que tem 17 filhos, uma mulher oficial e mais duas ou três com quem näo se deu ao trabalho de casar, acha que o filho devia demonstrar a sua escalada socio-económica com mais do que um casamento. Mas este meu amigo diz que é um homem moderno, do presente e do futuro, um cidadäo do Mundo. Ainda que tenha casado com uma rapariga da aldeia que näo via há 4 anos e que nunca foi sua namorada. E que refute constantemente a nossa (minha?) visäo do amor.

segunda-feira, agosto 06, 2007

cê si lembra daquelhi nomi qui mi persegui?!

Pois é!Ontem chegamos ao cúmulo de ver esse nome...mais Araújo!
LOL!Foram abdominiais de risada atrás de risada!
E eu só me lembrava de ti garota!
Malvados sinais, que gostam de me trocar as voltas!

E como vão os nerds na Finlândia?
Nerds todos nus, com as mãos nos bolsos a comerem pastilha elástica, deve ser pior do que o pesadelo em Elm Street...Arggggg...imagem terrivel do Ricardinho nu!!!!!!
Ajuda, por favor!Ajuda!!!!
Socorro!!!!!!!!!!!!!!
Tirem-me esta imagem terrorifica da cabeça!

Untitled

Chega de fotografias. Já estão cansadas, verdad?

Ok.

Fui.

Não sem antes dizer que o fim-de-semana foi Muito Bom. Adoro o Verão. As Pessoas. Os Espaços. As Músicas. A Vida.

Museu Colecção Berardo


Fotografias fresquinhas tiradas hoje no Museu com a Pentax de sempre.

Muito eclético. Arejado. Bem organizado.

Entrada grátis aos Domingos.

Apareçam.


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Bruges_As-Três-da-Vida_Airada



Descubra as diferenças.
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domingo, agosto 05, 2007

Bruges_Pinceladas




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Bruges_Belfort

47 sinos, 27 toneladas, 366 degraus: O ex-libris de Bruges.
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Hellooooo...is it me your looking for????

Minhas coisas mai lindas deste mundo:

Estivemos (estive) afastada deste maravilhoso blog por motivos superiores...nomeadamente... ficamos sem intermetes e o computador pifou!
Há coisas fantásticas, não há?!
Não!
(quero dizer...há pois!Mas não isto!)

Bem, aqui vai a actualização possivel do Mundo da Arroz, com o muito sono com que estou!

O Copo não chegou a encher...mas deixa-os pousar!

O número é o 5! :) Cá te espero... à meia noite!

Dia 24 quero estar no aeroporto...mas só mesmo nas chegadas! ;)
(essa noticia fez-me ganhar o mês!Arroz muito, muito contente!)

Mais...deixa lá ver...
assim de repente...só mesmo... assinamos contrato...e vamos partir...no próximo fim de semana...
( ai e tal e tu perguntas "Então como me vais buscar?"...a verdade é que não tenho ainda um plano...mas vou ter!Ah se não vou! Nem que tenha de...de....bem, ainda não sei...mas vou descobrir!)

E pronto!
Hoje fica assim, amanhã lá tentarei dissertar sobre a insustentável leveza do arroz!
;)

Bj grande!

Together In Electric Dreams

I only knew you for a while
I never saw your smile
til it was time to go
Time to go away (time to go away)
Sometimes its hard to recognise
Love comes as a surprise
And its too late
Its just too late to stay
Too late to stay
We`ll always be together
However far it seems
(love never ends)
We`ll always be together
Together in electric dreams
Because the friendship that you gave
Has taught me to be brave
No matter where I go i`ll never find a better prize
(find a better prize)
Though youre miles and miles away
I see you every day I dont have to try
I just close my eyes, I close my eyes
Well always be together
However far it seems
(love never ends)
Well always be together
Together in electric dreams.


Grande concerto na Cidade, grande Noite, grandes Amigos.

sexta-feira, agosto 03, 2007

Finlândia

Karjalanpiirakka

quinta-feira, agosto 02, 2007

Culturas

Há (pelo menos) um aspectos positivo nesta eternidade passada no fim do mundo. Entre Finlandeses esquisitos, Noruegueses tímidos, Suecos que passam despercebidos e Dinamarqueses... dinamarqueses (adjectivo), estäo uns deslocados, emigrantes que, como eu, se viram a trabalhar em países frios e de gente loira. Três Africanos, uma Grega, um Iraniano e uma Iraquiana. É com os Africanos que me vou rindo e com os dois últimos que vou conversando mais. Mais que isso, a quem vou fazendo muitas, muitas perguntas.

Nestes últimos dias, o Iraque que viveu o regime e o país onde se vive pós-regime vai-me sendo descrito. Para além de tudo o que vou descobrindo e (agora) percebendo, fica a surpresa da semelhanca em algumas coisas da maneira de estar (ou será a excepcäo?), e, em contraste, das restricöes familiares que, depois de 15 anos na Suécia e de muito tempo na Europa, esta mäe ainda vai impondo às filhas. Nada muda mesmo que tudo mude.



Enquanto já näo consigo lembrar-me que é Veräo, vou queimando o tempo (livre) entre livros e planos. E de vez em quando apercebo-me que passo grande parte do meu tempo a prever o que se vai passar a seguir, quando chegar ao sol e às pessoas. Até lá, a vida sou eu. Este egocentrismo involuntário que me domina a espacos ainda vai dar cabo de mim.

quarta-feira, agosto 01, 2007

À espera que o tempo passe

Nunca me vi em täo grande concentracäo de nerds. E tenho passado por algumas. Por aqui, entre chuva e matemática, entre caras brancas, borbulhosas e pronúncias surpreendentes, entre as-piores-piadas e risos que se desfazem em solucos, vou tentando fazer que o tempo corra e me faca voltar rapidamente ao Veräo. Antes disso, a casa, à cidade, à civilizacäo. Que eu cada vez decido mais que näo sou rapariga de campo. E näo canso de me perguntar como vim aqui parar. A este mundo. Logo eu que gosto tanto de coisas e pessoas bonitas.

Entretanto descobri que näo tenho um problema na vida: falta de tempo para ler. Ainda fico sem olhos.