Discos pedidos - desenvolvimento de conversa de Domingo
Ora a questäo é a seguinte: as Dinas (Dinamarquesas, entenda-se) säo giras. Digo giras para näo dizer lindas. Lindas para näo dizer deslumbrantes, estonteantes, drop-dead-gorgeous, etecetra etecetra. Ou seja: altas e loiras e tal. Até aqui tudo bem. Os Portugueses, vendo-se rodeados de beldades, ficam extasiados. Compreensível. O facto das "beldades" näo serem femininas, näo terem rabo e - posso provar! - terem, como todas as comuns mortais, celulite, näo interessa. Desmentem, até. Vai daí, estes mesmos Portugueses, que por aqui andam livres e desimpedidos, investem na abordagem que dizem - com razäo - nunca resultar em Portugal. Pior: criticam-nos, a nòs, senhoras-de-nosso-nariz latinas, confiantes morenas e pequeninas (aqui falo por mim). Criticam-nos por boicotar à partida qualquer abordagem despreocupada num bar ou outro sítio qualquer. Por virar a cara logo depois de disparar o olhar número dois quando um estranho tenta conversa. Por boicotar à partida qualquer encontro fortuito em local destinado ao consumo de bebidas alcoolicas.
Nesta conversa, os elementos do sexo feminino - Portuguesas - defendiam que o amor, meaning O Homem Das Nossas Vidas, näo se vai encontrar, com certeza (por aqui ando eu do alto dos meus 24 anos cheia de certezas absolutas), na noite, mas, mais provavelmente, numa biblioteca ou livraria. O que estás a ler ou um qualquer palpite, piada, qualquer-coisa sobre o livro que temos na mäo tem muito mais impacto que uma mentira elaborada sobre o meu rabo. Uma exposicäo ou filme também está no topo das probabilidades do encontro-definitivo. Antes uma troca de olhares aqui do que esmagada no balcäo do bar na luta por um gin tónico. Mas näo - dizem -, nada disto faz sentido, as Portuguesas säo é arrogantes, preconceituosas, convencidas, parvas, tanto exigem tanto sonham que merecem é ficar sozinhas. Eu sou tudo isto. Näo sei como vou chegar aos 45 anos e lidar com a minha consciência a pensar na quantidade de engates brejeiros entre 2 litros de cerveja que dispensei arrogantemente. Pobre de mim.
Conclusäo: penso que eu e as ilustres representantes da classe presentes na discussäo no Domingo temos toda a razäo do Mundo. A ver se andamos para aí a engatar Dinos. Näo, claro que näo.
2 Comments:
Gosto do facto de nós latinas sermos "confiantes, morenas" e até, por hipótese, mais pequenitas; gosto do facto de sermos mais charmosas e mais exigentes com o alvo do nosso charme e, acima de tudo, gosto do facto dessas tipas altas e loiras invejarem tudo isto.
Posto isto, é claro que tens razão...e todos os homens sabem disso!
É isso!: elas, no fundo no fundo no fundo, têm uma inveja desgracada de como mexemos as ancas. E do nosso cabelo comprido. É verdade, sim senhora.
E eu gosto muito de ter razäo.
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