sábado, outubro 27, 2007

É bom tomar aquele café enquanto o computador está a ligar, fazer a aula de yoga com aquela professora, começar a ler o jornal pelo fim e iniciar os livros pela nota bibliográfica que apresenta o escritor, espalhar com leveza o creme da Carita, sentir o cheiro a orvalho do parque de estacionamento do Salitre, secar o cabelo com o Artur e arranjar as mãos com a Clara, chegar a casa e tirar o relógio, ligar a televisão e ouvir o “rigorosamente a não perder” do Mário Crespo, dizer um simpático Bom Dia ao porteiro do prédio...

Mas o que dizer quando estas rotinas começam a assustar-nos? O que fazer quando apetece afastá-las? O que sentir quando elas começam a tomar conta de nós?

É assustador não ter rotinas, mas mais assustador é ficar assustada com a elas.