Mais uma casa que vejo pela última vez. Sempre achei que era muito apegada aos espacos, que os sítios onde morava ou onde gastava muito tempo passavam a fazer parte de mim. Isto, provavelmente, porque até há bem pouco tempo a minha vida se foi passando mais-ou-menos pelos mesmos cantos. Agora, ou desde há 3 anos para cá, näo páro muito tempo em lado nenhum. O ano que vivi nesta casa - que eu escolhi, que eu enchi e na qual me senti bem - vai ficar arrumadinho, empilhado em caixotes de cartäo, misturado com os copos, oselectrodomésticos e os livros. Mas sem grandes tristezas, qua afinal já aprendi: só se pensa para a frente. As memórias, essas, häo-de aparecer quando menos se espera. Näo se constroem agora.
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