Contratos de Adesão
Cada vez mais me convenço de que antes de nascer os nossos queridos pais deviam, numa base de boa-fé contratual, negociar com os nossos potenciais "eu" as condições gerais de acesso à vida, sob pena de incorrerem em responsabilidade pré-contratual. Como parte, contratualmente, mais fraca, deviamos ter tido o direito à informação e, assim, a uma explicação exaustiva de todas as cláusulas contratuais! Alguém, por um acaso, vos explicou as condições gerais ou específicas de acesso a esta coisa chamada vida? Pois a mim não! Parece-me que houve como uma aceitação tácita... Mas a partir de quando? Do nascimento? Da emancipação? Terá mesmo ocorrido? Poderei, agora, invocar perda de interesse como fundamento para a resolução do contrato?! Má-fé contratual? Incumprimento defeituoso? Terá caducado ou prescrito o meu direito? Independentemente da álea inerente a todos os contratos, os riscos nestes são avultados, completamente imprevisíveis e o preço a pagar, por vezes, bastante doloroso. A vida tem destas coisas: gerir as vicissitudes, as alegrias, as tristezas, as emoções. Lutar pela Liberdade (com Responsabilidade) e Felicidade, embarcando na aleatoriedade do Contrato. Como David Hume, que “(…) quando o equilíbrio do barco em que se navega está em perigo por sobrecarga de um dos lados, ambiciona transportar o peso modesto das suas razões para aquele que lhe permita preservar o seu equilíbrio (…)", acho que temos de - começar - a aprender a lidar, racional e emocionalmente, com as adversidades, perceber que o mundo não acaba amanhã, que há mais Mar para navegar... Só assim será possível equilibrar o barco da Vida! |
2 Comments:
Advertência do autor: Este post deve ser entendido como uma brincadeira para-jurídica! Ler, por favor, descontraidamente, sem atender, no rigor dos princípios, aos conceitos jurídos nele incluído!
É evidente que estamos perante crimes de abuso de confiança e burla agravada por parte dos pais.
Se vivesse nos EUA, processava-os. Aqui provavelmente o processo prescreveria devido aos malabarismos e às artimanhas dos advogados... essa desprezível franja da sociedade, totalmente desprovida de ética, que bloqueia o nosso desenvolvimento.
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