The bookseller of Kabul
Näo é um romance. Näo é um livro fantástico, literatura que fascina. Näo é sequer um documento aprofundado da sociedade Afegä, do país, da história. Mas é um murro no estômago. Pelos detalhes, pela descricäo da vida.
A mulher näo é um ser humano. Näo é um ser humano inferior, menor, mal tratado. É meio ser humano. Objecto que trabalha, que näo tem direitos, näo escolhe e näo decide. Vende-se - é vendida.
A vida é um jogo de poder. O quotidiano, uma ginástica de hierarquias. A vida näo vale por si só: respirar, sorrir, comer, andar, conversar - tudo acontece por acaso. A felicidade näo existe, näo se conhece - näo se procura.
Regras, normas, castracöes, obrigacöes. A vida mascarada pela moral. No final da última página, fica isto: o desejo de amoralidade.
2 Comments:
olha miuda estou em londres com a minha prima...
beijos dos dois
E beijinhos aos dois! Esse pedido, como foi?
Tati, também te vou aparecer aí em breve...
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