quinta-feira, março 29, 2007

Ontem fui jantar a Amesterdão com um amigo que não via há uns tempos. Ele mora em Portugal, eu vou morando por aí. Temos vidas muito diferentes. Depois de muita conversa despreocupada, sobre mim aqui, sobre as coisas por aí, sobre tudo e sobre nada, dei por mim a pensar, no regresso a casa, na quantidade de amigos que tenho. No quão diferentes são, na dispersão geográfica e na variedade de línguas que falam. E acabei a concluir o de sempre: nada muda. Não interessa quantas vezes vejo ou estou com um amigo, não interessa o detalhe ou a frequéncia com que sabemos da vida um do outro. Está sempre tudo igual. Depois dos primeiros 2 minutos, é como se tivessemos passado horas a conversar no dia anterior. Igual. E é isto a amizade.

Entretanto tive o prazer de conhecer a cidade com sol, de ver as pessoas na rua, de jantar ao ar livre, de me deitar a horas que o cérebro já não compreende e de me levantar à hora que o despertador, rapaz inflexível, obriga sempre. Estou que não posso.