Dos Franceses
Tenho uma Francesa lapada a mim há mais de uma semana. Veio para trabalhar comigo e foi, naturalmente, muito bem recebida. Convidei para tudo, mostrei, apresentei - e com isto temos passado muito tempo juntas. Estar com a Julie implica andar a passo de caracol, falar a velocidade de lesma e esperar reaccäo com um tempo de atraso de 5 segundos. Tudo bem, näo temos pressa. Mas quando a convivência comeca a ser prolongada (excessiva?), e quando envolve actividades extra-sociais - desde trabalhar a fazer uma mousse de chocolate - eu comeco a ficar nervosa. E eu raramente fico nervosa. Mas esta velocidade, senhores, esta velocidade... E depois há a faceta francesa da Julie. Engracado que foi preciso comecar a trabalhar para detectar a falta de humildade patológica (francesa?) que comeca a invadir o cantinho-de-língua-portuguesa do departamento. Que naturalmente o programa de estatística que estou a usar está errado - näo bate certo e a Julie está a fazer tudo bem. E naturalmente que há um problema com os dados, que a Julie näo consegue trabalhá-los. E naturalmente que os nomes de tudo, ainda que no meio de uma conversa em inglës, vêm em francês. Desde o Lago dos Cisnes a uma ópera qualquer que ainda näo consegui traduzir.
E eu vou coninuando a praticar o meu francês a dizer simplesmente bonjour e croissant, e cá vou engolindo, como quem näo percebe, a postura francesa. Agora com pessoas devagar é que - concluí - näo sei lidar..
1 Comments:
epááááá...tu falas estrangeirooooo!
Enviar um comentário
<< Home