A vida como ela é*
Crescemos cheios de certezas. A adolescência está repleta de verdades absolutas: vou casar aos 27, és o amor da minha vida, vou ter três filhos, Francisco, Carolina, Maria, precisamente por esta ordem, viver em Lisboa com vista sobre o Tejo e vou ser muito feliz sempre e para sempre. Vou ser médica, afinal näo vou ser médica mas vou gostar muito do que faco seja-lá-o-que-for, de qualquer maneira o que interessa é o amor e a família e a profissäo que esteja sempre em segundo plano, sempre em Lisboa, repito, que é a cidade mais bonita do mundo, porquê viver noutro sítio qualquer (?).
Vai-se a ver e a vida dá muitas voltas inesperadas. Sem perceber, bem devagar, vivemos a anos luz do que sempre imaginámos (decidimos) para nós. Tudo tudo tudo diferente. Pelo contrário, ainda há quem tenha imaginado, decidido, lutado por isso e, por esta altura, esteja a ver o futuro concretizar-se. Há quem esteja a viver a felicidade que tem estado à espera... A felicidade de uma grande amiga sente-se na pele. E ser incluída no momento - na vida, no presente, no futuro - faz-me sentir a pessoa mais importante do mundo e pensar que tudo vai estando bem assim.
Lamechices à parte, isto é que vai ser festa e comemoracäo, ai se vai. E os vestidos, meu deus, os vestidos.
*Dizia um amigo do Vinícius a propósito dos dias na Praia de Itapoan
2 Comments:
e a parte de viver em Leiria, com os dois boxers???
Isso foi ainda antes dos sonhos. Delírio, ainda.
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