Venha de lá o contacto da Bruxa

Reinventar as leis de Murphy. Ou senti-las na pele. Por mais absurdas que parecam ou contraditórias aos impulsos normais que sejam. Nada mais pode acontecer.

Näo bastavam o regresso ao Inverno e à distância e a ressaca da visita relâmpago (que soube a pouco). Tinha que, no meio de um sono atribulado na cadeira do aviäo, me aperceber da quase-tragédia: voltei a esquecer-me da chave. Resolvida, ainda que temporaria e atabalhoadamente, a questäo, novo problema: um frio inacreditável e o aquecimento que näo funciona. Ui. Esquece isso e planos para o dia seguinte: fica-se a trabalhar (furiosamente, que o prazo é para quarta) em casa, e assim ainda se vai ao Dinamarquês até que a amiga chegue e dê para entrar novamente em casa. Tudo bem, até que, de manhä: esqueci-me do cabo do computador no escritório. Bolas. Corrida para o trabalho e aqui estamos. Mais: ainda com a questäo dos 2500 Euros de impostos por 2 meses de trabalho em 2005 por resolver (eu juro que fujo do país), vai-se ao banco online e... desconto de 200 Euros no ordenado. Porquê?, perguntam vocês. Ora bem: por 1,4 dias de férias que tirei em Agostopara os quais ainda näo colectei dinheiro com os meus meses de trabalho. E é isto. Näo se protesta - é a Dinamarca. Agora estou para aqui a pensar se grito, fujo, chamo nomes a todas as cabecas loiras que me aparecerem à frente ou vou à procura do optimismo-quase-patológico que devo ter perdido por aí nas últimas semanas.

E juro que continuo a näo acreditar na sorte.