terça-feira, janeiro 31, 2006

Bevar Christiania

Foto descaradamente roubada ao blog mais científico do panorama nacional.


A John chamou à atencäo - e muito bem - e uma pessoa depois fica a pensar nisto. Até eu, que há um mês certinho sou saudável, nem cigarros, pouco alcool e tudo, estou disposta a abancar na Ópera, Pusher Street e redondezas e aproveitar a ilha non-European Union que nos resta. Aproveitar a boa música e boa onda.

Adenda: nada contra a Uniäo Europeia. Só muito a favor de Christiania.

segunda-feira, janeiro 30, 2006

já nasceu o francisco!

- Parecemos parvas, pá, sempre a queixarmo-nos da vida. Daaasse.
- Podes crer. Se nós estamos assim, imagina as feias e desempregadas!

Para a amiga que ontem decidiu que afinal näo queria ser veterinária

Bayesian inference in Quantitative Risk analysis
WinBUGS code for Problem 5
model
{
# SALMONELLA ENTERITIDIS
# Incl. "other" S.E. phage types
for (i in 1 : 6) {
sb[i]<-yt[i]+1 fb[i]<-nt[i]+1
alpha[i] ~ dbeta(sb[i] , fb[i]) dt[i] ~ dbin(alpha[i], pt[i])
spdo[i] <- o[i] - ob[i] - yt[i] - dt[i] }
# Excl. other S.E. phage types for (i in 1 : 5) {
o[i] ~ dpois(lambdaexp[i])
lambdaexp[i] <- lambda[i] + ob[i] + yt[i] + dt[i]
lambda[i] <- sum(lambdaij[1:9, i]) for (j in 1 : 9) { lambdaij[j, i] <- p[j, i]*m[j]*a[j]*q[i]


Podes sempre encontrar outras coisas para fazer. Como eu fiz. Depois vem queixar-te que eu digo-te.

Assim se passam os meus dias. Aaarrrggghhhh.

domingo, janeiro 29, 2006

Vendo bem, vendo bem, neve durante 7 minutos em Lisboa não é garnde recompensa pelo que esta pobre alma passa aqui pelo norte. Congelem, a ver se eu me importo. Ha! (tom maléfico).

Distribuir o mal pelas aldeias

Os Senhores lá de cima juntaram-se e, após discussão acesa, concluíram que não era justo, que não posso ser a única a escorregar na neve, a tiritar de frio e gastar 30% do meu dia a ganhar coragem para enfrentar as temperaturas da vida lá fora. Decidiram fazer alguma coisa. E agora, adivinho os meus amigos cheios de frio em casa ou empadeirados numa auto-estrada qualquer, que esse cantinho à beira-mar plantado não está habituado a estas coisas e a vida não está preparada para a neve. As minhas desculpas, mil perdões, aqui me confesso: a culpa é minha. Tanto roguei pragas ao ouvir falar dos dias de sol de Lisboa e de 16 graus sei lá onde, que os meus pensamentos negativos tiveram consequências. Não se repete, pelo menos até ao próximo Inverno. Juro.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

miss saigon

o ocidente e o oriente, uma guerra - a do vietname -, o sonho americano e... sempre, uma história de amor. Miss Saigon

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Eu hoje acordei assim


Um sono, uma moleza, olhos que desfocam e a vontade de estar noutro sítio. E só penso no teu abraço.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

3 anos

Há três anos, neste dia, senti, como nunca, cada palavra, cada gesto, cada olhar... Ser-lhes-ei fiel até ao último minuto do eu que está em nós...

..."só há uma coerência que é a da fidelidade aos princípios vigentes. Só há uma verdade que é a da força que não desiste. O resto está condenado"...

Não vamos desistir.

Caos

Está a nevar como se näo houvesse amanhä e eu estou com medo de ficar aqui trancada. No servico, entenda-se. Meedooo.

terça-feira, janeiro 24, 2006

"A vida é mudança. Sou fiel a este instante".

in, apelo da noite, Vergílio Ferreira

Enquanto for um quase-instante, não conseguirei mudar... não conseguirei viver!

Denmark loves you, Babo!

Yes, I remember Sara - another beautiful Portuguese girl!

segunda-feira, janeiro 23, 2006

A matemática na vida

Coisa mais linda.

Conclusäo pós-eleitoral

Eu näo vou ter o Cavaco a entrar todos os dias pela casa dentro, aquele sorriso falso e bronzeado-solarium em todos os canais da televisäo. Ha! Tchénénénéu.

Domingo de sol

Andavam vocês a votar e a ouvir 150 mil opinion-makers na sic, rtp e tvi, agonias com o sorriso de vitória do Cavaco, bla bla bla, bla bla bla, e eu ocupada no processo de congelacäo-descongelacäo de todas as extremidades do meu delicado corpo, enterrada na neve num bosque com veados ou no sofá com mantas, chá, filmes e livros. Como a minha vida ficou diferente de repente.

sábado, janeiro 21, 2006

BREVE HISTÓRIA...

BREVE HISTÓRIA...

O início na costa da Espanha

O bacalhau salgado e seco é um produto consumido há cerca de 500 anos. Na época das grandes navegações, de longas e imprevisíveis viagens pelos oceanos, se fez fundamental o desenvolvimento de técnicas de preservação de alimentos. O método de salgar e secar o alimento, além de garantir a sua perfeita conservação mantinha todos os nutrientes e o sabor do produto. Foi na costa da Espanha, no século XV, que o bacalhau começou a ser salgado e seco nas rochas, ao ar livre, para que o peixe fosse melhor conservado.

A industrialização na Noruega

Quem recebeu os méritos de "pai do bacalhau" foi o mercador holandês Yapes Ypess, um estrangeiro que fundou a primeira indústria de transformação na Noruega e é considerado o pioneiro na comercialização do peixe. A partir daí, a crescente demanda na Europa, América e África foi aumentando o número de barcos pesqueiros e de pequenas e médias indústrias pela costa norueguesa, transformando a Noruega no principal pólo mundial de pesca e exportação do bacalhau.

Portugal e a descoberta do "fiel amigo"

"Devemos aos portugueses o reconhecimento por terem sido os primeiros a introduzir, na alimentação, este peixe precioso, universalmente conhecido e apreciado". (Auguste Escoffier, chef-de-cuisine francês, 1903). Os portugueses descobriram o bacalhau no século XV, na época das grandes descobertas. Precisavam de produtos que não fossem perecíveis, que aguentassem as longas viagens, que levavam às vezes mais de 3 meses de travessia pelo Atlântico. Fizeram tentativas com vários peixes da costa portuguesa, mas foram encontrar o peixe ideal perto do Pólo Norte.

Foram os portugueses os primeiros a ir pescar o bacalhau na Terra Nova (Canadá), que foi descoberta em 1497. Já em 1596, no reinado de D. Manuel, se mandava cobrar o dízimo da pescaria da Terra Nova nos portos de Entre Douro e Minho. Também pescavam o bacalhau na costa da África. O bacalhau foi imediatamente incorporado aos hábitos alimentares e é até hoje uma de suas principais tradições.

A pesca do bacalhau realizada pelos pescadores portugueses na Terra Nova e Gronelândia, encontra-se intimamente associada à saga das navegações e descobertas, datando do séc. XIV. Há registo da partida, da ilha do Faial, de Diogo, de Teive em 1452. A partir da viagem dos Corte-Real, em meados do século XVI, foi elaborado o Planisfério de Cantino, onde se divulgava um primeiro mapa menos fantasioso dessas regiões (Terra Nova e Labrador) e com o qual a navegação se tornou mais segura e maior a presença portuguesa na pesca do bacalhau.

Em 1504 havia na Terra Nova colónias de pescadores de Aveiro e de Viana do Minho. Em 1506 um dos principais portos bacalhoeiros era Aveiro. Entre 1520 e 1525 existiu, na Terra Nova, uma colónia de pescadores de Viana do Minho que se dedicava à pesca sedentária - pescavam e secavam o peixe ali mesmo. A permanência ia de Abril a Setembro.

No reinado de D. Manuel I (1465-1521) Aveiro foi o porto que mais navios enviou para a Terra Nova (cerca de 60 naus) e em 1550 saíram cerca de 150 naus. O período de dominação dos Filipes (1580-1640) levou quase à extinção da pesca do bacalhau (em 1624 não havia qualquer barco nos portos de Aveiro). A recuperação da Pesca do Bacalhau só se faz no séc. XIX. Até lá, 90% do consumo interno do bacalhau é importado. Em 1830 foram criados incentivos à pesca com a extinção do pagamento dos dízimos e com a construção de 19 barcos.

Sem alterações notórias, através dos séculos, a tripulação dos Bacalhoeiros era composta por: * Capitão* Piloto* Marinheiros (pescadores)* Cozinheiro * 1 ou 2 moços (mais recentemente passaram a ser 6, 8 ou 10) conforme a capacidade do navio.

Entre os marinheiros - Pescadores, a divisão era:* Escalador* Salgador* Simples pescador* "Os verdes" (os que se iniciavam na faina)Havia tripulantes com funções específicas: "troteiro", "cabeças', "porão", "garfo", "celhas", etc. E muitos estão enterrados num cemitério em St. John's, do qual ninguém fala, nem sequer atrai visitantes. As iscas usadas eram amêijoas, lulas.... Só na década de 20, apareceu a assistência aos barcos feita por 2 barcos a vapor - Carvalho Araújo, em 1923, e Gil Eanes, em 1927.

O atraso português no processo de industrialização determinou que esta pesca se prolongasse pelo século XX (até 25 de Abril de 1974) com base numa tecnologia ultrapassada: pesca à linha de mão, munida dum único anzol, a bordo dos dóris, pequenas embarcações individuais de fundo chato e tabuado rincado, com um comprimento de 4 a 5 metros e 80 a 100 Kg de peso, apoiando-se nos tradicionais veleiros de madeira. Tratava-se, contudo, de uma técnica de pesca bastante menos agressiva dos recursos dos que as redes de emalhar ou de arrasto.

Em 1934 foi feita a organização corporativa da Indústria Bacalhoeira. Planeou-se uma grande reorganização da Pesca do Bacalhau, através de:* Empréstimos do Estado a armadores portugueses* Criação da Comissão Reguladora do Comércio do Bacalhau e da Cooperativa dos Armadores de Navios de Pesca do Bacalhau entre outras.

Renovação da frota * Desenvolvimento da Pesca do Arrasto. Mas em Portugal continuou-se a insistir na pesca à linha. Os últimos grandes veleiros foram construídos em 1937: Argus, Santa Maria Manuela e Creoula, mas poucos anos se mantiveram nesta faina. A última viagem dum lugre - o Gazela Primeiro - ocorreu em 1969. As capturas tinham começado a diminuir e em 1974 a situação estava num caos. Era difícil recrutar pescadores, que preferiam emigrar, o que lhes proporcionava menos sofrimento e melhor perspectiva de vida.O total de barcos era então de 55, sendo 5 de pesca à linha, 13 com redes de malha e 37 de arrasto."

Actualmente, Portugal importa praticamente todo o bacalhau salgado e seco que consome. Também importa muito bacalhau fresco, que é salgado e curado nas próprias indústrias portuguesas.

A tradição popular do bacalhau

Durante muitos anos o bacalhau foi um alimento barato, sempre presente nas mesas das camadas populares. Era comum nas casas brasileiras o bacalhau servido às sextas-feiras, dias santos e festas familiares.

Após a 2ª Guerra Mundial, com a escassez de alimentos em toda a Europa, o preço do bacalhau aumentou, restringindo o consumo popular. Ao longo dos anos foi mudando o perfil do consumidor do bacalhau, e o consumo popular do peixe foi se concentrando apenas nas principais festas cristãs: a Páscoa e o Natal.


sexta-feira, janeiro 20, 2006

O meu primeiro jantar tuga para estrangeiros. Bacalhau, portanto. De repente vem mais gente do que o previsto, os pratos não chegam, uns não comem peixe, outros sei-lá-mais o quê. Uma emoção.

Breaking news (Royal Family)

S. Babe,

amanhä é o baptizado do rebento!

Eu hoje acordei assim



Maravilhada, encasacada e cheia de vontade de fazer bonecos de neve.

Gostarias que o teu tempo fosse täo lento como quando eras crianca. Cada dia uma vida inteira.
Ravelstein, Saul Bellow

Saudades de mim nos sítios - Caixa de comentários


1 comment: Os sítios...

Regressando nesta noite ao Pôr do Sol de Outubro no Mindelo...

Acordei com esta imagem no ecran e neve, muita neve na janela...

Como podemos ser tão grandes na nossa dimensão Humana - "é em nós que tudo começa e acaba" - e ao mesmo tempo tão pequenos nessa mesma dimensão - "é em nós que tudo começa e acaba"?

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Ainda mais que das pessoas, tenho saudades de mim nos sítios.

Around the World


Propöem-me que, durante os próximos três anos da minha vida, vá passar umas temporadas por outros países. A bem do projecto, entenda-se. Um mês aqui, outro ali, Londres, Holanda, States. Uma pessoa gosta de viajar e até fica entusiasmada com uma conferênciazita ou cursito em cidades que näo conhece. Mas viver é diferente. Senäo vejamos:

a minha pessoa, no último ano, andou a saltitar de um lado para o outro. Excluímos Cabo Verde, a viagem-mais-fantástica-mais-perfeita-e-tudo-e-tudo, e morei mês e meio em Copenhaga, 2 e meio em Lisboa, 2 em Berna e vá de voltar a Lisboa, e agora, sem saber como nem porquë (porquê até vou sabendo...), aqui estou de novo na Escandinávia. Cada mudanca implica novos hábitos, nova casa, novos amigos e nova rotina. Na adpatacäo näo se pensa - mas no fundo é tudo isto. Todos estes saltos na vida foram acontecendo, sem previsäo nem escolha, como väo acontecer os seguintes. Nunca desejei, sequer pensei, em nada disto. Pelo contrário, o que eu queria era amor, filhos e uma casa com vista pela cidade... de Lisboa. Era o Expresso na esplanada da Graca, o Público no Adamastor, um hamburguer no Monumental a correr, antes do filme que apetece. Voltas e voltas na vida e vim parar aqui - onde anda a estabilidade com que sonhava?

Vou pensando nisto de vez em quando, quando näo consigo evitar, e só por um bocadinho. Rapidamente chego a uma simples conclusäo: vai vivendo e näo penses. Näo penses, näo penses. A vida como ela é. Segundo o Vinícius, a vida era lenta e doce na praia de Itapoan. Lá chegaremos. Até lá, vai sendo por aqui - ou pelo Mundo.

Ainda assim, insistia em explicar-me uma e outra vez mais o que era o amor - a necessidade, a consciência da imperfeicäo, a saudade do todo, e como as dores de Eros viviam juntas com os prazeres mais extáticos.

Ravelstein, Saul Bellow

quarta-feira, janeiro 18, 2006

inter esse

quando interessar...
interessar...

do - pouco - que me lembro de Latim, interesse vem de "inter" "esse", sendo que inter é o que está entre e esse significa ser...

assim, interesse é aquilo que está entre o ser, entre nós, em nós, na essência do que é...

antes de tudo temos de ter interesse... em nós próprios...

estando em nós, estamos nos outros...

e não é isto viver na sociedade em que - temos - de viver?

Cantos de vida

Väo aparecendo sítios feitos para nos fazer sentir bem. Ainda que longe, bem. A espacos.



Royal Library, The Black Diamond, København.

Risco

Trabalho com risco. A palavra preenche os meus dias úteis. Calculo risco. O que fascina e entusiasma é o percurso até ao número final, procura de todos os factores, tudo o que influencia a probabilidade final. No fundo, conhecimento completo e domínio da situacäo. Mas näo deixamos de falar de risco.

Na vida - no resto da vida - näo gosto de risco. Muito menos me faria bem conhecer o caminho até à probabilidade. Probabilidade de um acontecimento indesejado. Tenho que tirar isto da cabeca. Evita, evita. Quanto aos desejados - desejam-se, näo se calculam. Viver a vida ligeirinha, levezinha. Ir vivendo, nada de matemáticas e probabilidades. Vidinha-mais-ou-menos - tudo o que se deseja. 100%.

terça-feira, janeiro 17, 2006

minutos de vida

Está a faltar-me em cada minuto de vida, a vida de cada minuto de vida...

Beijos

p.


segunda-feira, janeiro 16, 2006

Lembrete

Toda a gente tem dias menos bons.

E depois do adeus

Fica sempre uma sensacäo estranha depois das visitas. Nos dias seguintes à partida de quem viveu a nossa vida, na nossa casa, na nossa cidade - amigos ou pais - durante uns dias, fica sempre um vazio, um buraco na vida. Vai voltar tudo ao normal. Antes disso, fica a impressäo de que tudo por aqui é artificial, fruto da necessidade. Encontram-se outros sítios e outras pessoas. Mas a vida näo era aqui.

Agora é tempo de construir tudo outra vez.

Brassaï, Louisiana Museum, Denmark


Nude, 1932

Parisian couple, 1926

A busca do amor


Brassai, Quartier Italie, 1932

Sem os seus desejos, a nossa alma näo passava de um tubo gasto, bom apenas para um Veräo na praia, nada mais. Homens e mulheres de espírito, sobretudo os jovens, devotavam-se à busca do amor. Em contrapartida, o burguês vivia dominado pelo medo de uma morte violenta. Eis aqui, de forma o mais breve possível, uma súmula das mais importantes preocupacöes de Ravelstein.

Ravelstein, Saul Bellow

sábado, janeiro 14, 2006

Tertúlias

"A liberdade precisa da coragem de lutar com o medo, sem certeza de o vencer. E o medo existe sempre, ontem, hoje e amanhã, e a coragem é tão rara como o espírito que ama a liberdade", in muito, meu amor de Pedro Paixão

quinta-feira, janeiro 12, 2006

O blog-a-três escrito por este grande e forte grupo que sou eu

Tudo comecou num café de despedida pré-emigracäo. Eu ía partir para näo-täo-cedo-voltar (férias excluídas) no dia seguinte, e estava, com as Amigas de sempre, a tentar minimizar a questäo. Acima de tudo, a "abrir" e propor vias de comunicacäo que permitissem encurtar distâncias, disfarcar saudades. Embrulhadas em ideias e promessas, uma das três - e juro juro juro que nem fui eu, a viciada-em-blogs! - sugere um blog, privado e desconhecido do resto do mundo, um sítio interactivo onde pudéssemos, sempre que quiséssemos, contar novidades, escrever umas às outras, mandar recados, fazer pedidos, declaracöes de amor, chamar nomes e rogar pragas - tudo o que nos desse na real gana. O Arroz de Bacalhau foi criado - por mim, a única que sabia sequer o que fazer depois da ideia - no dia seguinte. No dia 1 de Novembro de 2005, dia histórico de mudanca radical na vida desta humilde Portuguesa nada e criada nessa maravilhosa cidade que é Lisboa, instalei-me em Copenhaga e fundei um mundo para as três amigas. Com maior ou menor rapidez ou frequência, com igual (espero) entusiasmo, lá fomos escrevendo por aqui. Nos entretantos, por motivos de forca maior - cada uma de nós lá se foi desbroncando ao próximo - os amigos foram tendo acesso ao nosso canto de desabafo frequente. Até que, no meio do Inverno, por razöes desconhecidas ou infundadas, as minhas queridas-lindas-de-quem-morro-de-saudades-parvas-desnaturadas-amigas... deixaram de escrever! Deixaram de dar notícias, de contar a vida, de mandar vir com o próximo ou até - desconfio -, e muito pior!, de ler o que esta pobre emigrada escreve! Acho mal. Muito mal.

Visitas

Hoje chegam o café, o bacalhau, livros novos, o dvd, mais uns personal belongings e, a acompanhar os pertences, os pais. Fim de semana para voltar (continuar) a ser turista na cidade. Fim de semana de (também) Louisiana.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Obsession


Provavelmente nem é pelo frio que está por aqui. Talvez nem pelo tempo que já vivi neste inverno. Esta minha nova obsessão está, desconfio, directamente relacionada com a prespectiva da duracäo da neve, frio, dias cinzentos, chuva... Caras e corpos esquálidos e casacos a mais durante meses e meses... Desde ontem - situacäo agravadíssima por sessäo de fotos do Brasil (!!) em casa de amiga portuguesa que por lá andou a cirandar durante quase três semanas (!!), acompanhada por conversa com sotaque brasileiro (!!) - que näo penso noutra coisa: praia, férias na praia, passeios na praia, mergulhos (no mar da) praia. Vai daí: alguém alinha numa Páscoa-na-praia?

Fotografia


E é em Copenhaga que se descobre.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Real life

De repente, cresce-se. Tornamo-nos adultos. Surgem as responsabilidades, a independência, a vida. Muitas vantagens, algumas desvantagens. Um exemplo: as contas para pagar. Sem perceber (mas nada devagar), podemos tornar tudo isto mais complicado:
- contas em Dinamarquês: o que é isto?, a que corresponde?, mas-o-que-é-esta-quantia-exurbitante?, etc, etc.
- fazer transferências em Dinamarquês: Hein??
- näo vale a pena falar dos precos exurbitantes outra vez, pois näo?

Como sempre quis, sou adulta. E agora, aguenta.

Blogosfera

Näo raramente sou criticada por passar grande parte dos meus dias a ler blogs. Uns falam de vício, outros de doenca. Todos criticam, näo compreendem. E eu näo consigo perceber a questäo. Para quem, como eu, gosta de ler, näo podia ter aparecido coisa melhor no Mundo. Poder rir com um blog, pensar com outro, saber dos acontecimentos importantes ou banalidades do Planeta, matar saudades dos amigos, viajar por outras vidas. Para além de tudo isto, engana-se quem pensa que, estando fora do cantinho de Mundo que é Portugal, é possível qualquer emigrante manter-se actualizado com jornais online ou sites de informacäo. Qual Público, quel Expresso. Polémicas na blogosfera é que nos mostram o País real, que o gostamos é de opiniäo näo fundamentada e notícias manipuladas. Tudo isto para dizer que näo é necessáriamente desperdício fútil o tempo perdido pela blogosfera, que näo há doenca a precisar de tratamento e que, num destes blogs que preenchem os meus dias, li, em jeito de desejos para 2006, entre outras coisas muito acertadas, um desejo que partilho - e aqui repito: que se continuem a escrever bons blogs. (Também gostei muito dos livros a multiplicarem-se nas mesas de cabeceira e das mudancas sem rupturas.)

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Última hora:

A minha pessoa vai estar em Terras Lusas entre 26 de Fevereiro e 3 de Marco. Ainda agora voltei e já estou a pensar nas horas de sol de novo.

Nada é impossível

Aula de aeróbica em Dinamarquês. Consegui, näo desisti à primeira, e posso garantir que me desenrasquei melhor que duas ou três loiras de perna longa que näo tinha a desculpa de sequer saber contar até 5, quanto mais distinguir entra a esquerda (lefle) e a direita (righoldig). (Isto se o dicionário näo me engana...).

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Informacäo útil:

terça-feira, janeiro 03, 2006

Um sentido da vida

The Constant Gardener


E quando se perde a fé no Amor?

Anxiety is the dizziness of freedom.

Søren Kierkeggard, o Dinamarquês que escreveu coisas mais acertadas ever.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Protesto




Protestaste quando o Pai Natal deixou lá em casa, mas para que é que eu quero isto e tal, objecto inútil, nunca vou utilizar uma varinha mágica. Eu contestei e acrescentei: também tenho uma e estou muito contente. Depois uma pessoa chega a casa, a esta cidade do norte cheia de pessoas estranhas que não comem sopa, e vá de ter a melhor ideia: sopa de espinafres para o jantar! Fazem-se as compras, carregam-se os ingredientes até ao quinto andar, cortam-se os legumes, coze-se tudo muito bem cozidinho e... procura-se a varinha mágica, a bem-falada, bem-amada e bem-guardada varinha mágica. Mas a prostibunda da meia-varinha essencial sumiu-se - meaning: falta-me aquela parte que liga à elecrticidade e que, no fundo, é a parte mágica da varinha. Tudo isto doi mais quando imagino um pobre exemplar abandonado num qualquer armário de cozinha em Telheiras. Vida injusta.

Resolucöes de ano novo - agora é que é - início:

1) Bicicleta
2) Ginástica
3) Fazer mta mta sopa
4) Aprender a estar sozinha

To be continued

Resolucöes de ano novo

Cheguei e estava tudo branco. Tudo neve. Foi mais estranho do que pensava - de repente só queria estar em Portugal. Mas vamos lá parar de pensar nisso, assassinar as saudades e focar as atencöes no que interessa: a contrariar a tendência dos anos anteriores, este ano decidi fazer Resolucöes de Ano Novo. Infelizmente, ontem - dia próprio para estas coisas - estava demasiado cansada para pensar nas minhas decisöes para 2006. Hoje é que vai ser. Näo agora, que tenho que estar ali concentrada já às 9 e tenho a primeira reception do ano às 10; mais tarde, vou pensar, ponto por ponto, em como a vidinha vai mudar. Estou determinada.
P.S.: a John fez o resumo essencial da festa da Chapa.