quarta-feira, maio 31, 2006

Postagem irregular

Vou só dar ali um saltinho à Finlândia durante uma eternidade e dou notícias assim que puder, sim?

(O que me está a chatear mesmo são estas malas muito enormes e pesadas que, mais uma vez, vou ter que carregar sozinha escadas abaixo. Ai.)

Rock in Rio, Feira do Livro, Praia (os Mosquitos não chegaram à Ericeira!) e Piscina com banhos de literatura.
O cartaz da passada sexta-feira do Rock in Rio não era esfusiante, mas o convívio foi, desde logo, convidativo e o mote para a compra dos - obscenamente caros - bilhetes. A Ivete confirmou a sua energia e uma pujança física inegualável. O Jamiro, mais franzino, contagiou pela sua habilidade dançante e pelas músicas que de tão passadas na rádio nos ficam no ouvido e, sem que realmente queiramos, fazem parte do nosso dia-a-dia. A Shakira, o costume. Nem bom, nem mão! Mais do mesmo!

Numa noite inopinadamente escaldante de um Verão precipitado, a grandiosidade do evento esteve nas pessoas, nos seus sorrisos espontâneos e sinceros, na variedade de culturas e proveniências. Por cada aplauso, o Mundo ficou, por instantes, um pouco melhor.

A noite de Sábado convidava a estar na rua. Parque Eduardo VII. Os livros afastaram as habitueés, e os stands editoriais iluminaram em fileiras o jardim do buxo do Parque. A Condição Humana - não a do Malraux, já lida, mas a - de Arendt, Ou o Poema Contínuo, de Herberto Helder e o Canto de Mim Mesmo, de Whitman foram algumas das aquisições.

A noite convidava a mais andanças, mas o cansaço venceu(-me) e as últimas páginas do Mário Zambujal esperavam por mim.

Depois de uma noite longa e bem dormida, um belo dia de praia e um mergulho de piscina fecharam o fim-de-semana a milhas da Rua Castilho, do Escritório, do Direito!

Conversas amigas, encorajaram ao Amor!

Corsários, t-shirts e havaianas coloridas! El dolce fare niente!

segunda-feira, maio 29, 2006

Näo me digam nada

O efeito que a meteorologia tem em mim chega a assustar-me. Está um Inverno que a pele e o espírito näo compreendem. Adormeco no limite dos chás, bolos, mantas e filmes de fim-de-semana e acordo cinzenta como o dia. Quando se prevê que tudo possa (só) melhorar, parto mais para Norte. E nem me falem de ondas de calor ou trânsito na costa.

Praga de mosquitos? Deus castiga!

domingo, maio 28, 2006

Festen


Elogio da Dinamarca

sexta-feira, maio 26, 2006

Prazeres

Redescobrindo os prazeres dos sabores e das cores dos pratos, o prazer das misturas e dos cheiros, o prazer da cozinha. Estou viciada em livros e blogs de receitas, foografias e ingredientes. Vou fazendo dos amigos cobaias e deixando a alma satisfeita...

quinta-feira, maio 25, 2006

Estado em que se encontra este blog

Entre futilidades de intervalos de estudo, conversas animadas e vida doméstica. Ah - e dedicada aos prazeres da cozinha. Mas ainda me estendo mais neste tema. Agora não, que vou só ali passear as minhas unhas novas a um qualquer café cosmopolita.

Amor

Gosto de palavras. De palavras escritas, faladas, ouvidas, lidas. De palavras de amor. Gosto de livros e textos e crónicas, palavras juntas que escrevem o amor. Mesmo que não sejas minhas ou para mim, que não façam sentido, não signifiquem nada. Palavras de amor que deslumbram, enternecem, palavras que pairam.

Nos últimos dias, dei por mim a ler muito amor. Não sei porque aconteceu agora. Talvez pela ponte-aérea, a saudade precipitada independente dos dias. Ou talvez coincidência, acaso - descobri tantas palavras que me fascinam que não consigo deixar de ir lá, ler mais e mais e mais. Agora, num misto de generosidade literária com necessidade incontornável de mostrar todas estas cartas de amor, aqui deixo uns sítios a visitar.

O coração gasta-se
, o tal alguém que nasceu para escrever cartas de amor.
Que farei quando tudo arde. Com attachment: o António Lobo Antunes, O Escritor.

E vou lendo o amor dos outros, vivendo o meu.

segunda-feira, maio 22, 2006

Constatação

Somos um blogue feminino.

domingo, maio 21, 2006

Palavras dançadas


Tim Rushton (...) shares the belief that dance is the language of the body, a language that is universal in its embrace.

Muito mais sobre as palavras, o movimento, a música e os corpos aqui.

sábado, maio 20, 2006

Elogio do amor

"Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
(...) Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".
Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
Miguel Esteves Cardoso, in Expresso

(roubado por aí)

sexta-feira, maio 19, 2006

quem nos vá preenchendo os dias com boa música.

Há quem tenha nascido para escrever cartas de amor.

quinta-feira, maio 18, 2006

Os impostos que pago davam para sustentar três famílias em Portugal. Já nem penso no assunto, mas quando cheguei roguei pragas à tal da política social perfeita e sociedade organizada onde vim parar e para a qual, como qualquer Dinamarquês e morador do país, tinha que pagar. É tudo muito bonito mas esta imigrante temporária näo planeia ter ter filhos e amortizar os milhöes de coroas desembolsados em maternidades, creches, jardins infantis e escola dos putos. Ficar doente moi-même também nunca foi coisa que me apetecesse por aí além - e, assim de repente de repente, passa-me pela cabeca que näo valha o sacrifício. Mas, amadurecida a situacäo, lá se arranjam maneiras de usufruir dos servicos pagos. Vai de check-up e consulta de rotina, que uma pessoa agora chegou aos 25 e tem que se cuidar e comecar a pensar nas maleitas (como eu gosto desta palavra) da vida adulta. E que boa decisäo a minha, esta de investigar os servicos médicos do país: sorrisos na cara na recepcäo, café e suminhos na sala de espera, depois o tempo de espera näo é suficiente para o primeiro meio gole do apetecido café, uma médica que dá vontade de apertar e dar beijinhos - se bem que, sendo Dinamarquesa, aposto que näo ía achar muita piada - e, apesar da maleita (here we go again) descoberta, e também porque, como miúda de ciência, adorei a explicacäo fisio-patológica, como eu fiquei fascinada com o que vou pagando a preco de oiro. Sugestöes para mais consultas?

Acordar

De repente a casa ficou grande demais para nós as duas. A sala ficou vazia, sobra espaco no quarto, a cozinha sossegada. Voltou a rotina e, com ela, a pacatez dos dias. Acordei e o presente em forma de surpresa em forma de presenca em forma de amor já näo estava. Mas acordei a rebentar de esperanca, sem pressas e com o futuro todo pela frente.

quarta-feira, maio 17, 2006

Roger Martin du Gard

...O dever estrito de cada geração é caminhar no sentido da verdade, o mais longe que puder, até ao limite extremo do que lhe é permitido entrever - e porfiar desesperadamente, como se pretendesse atingir a verdade absoluta. É este o preço da progressão do homem...
Roger Martin du Gard



Foi o nosso Zé que me apresentou o Drama de João Barois. Pouco tempo depois, o nosso Marcelo desmistificou o tema da verdade absoluta.

Hoje tudo faz sentido - ou deixou de fazer. Não sei o que pensar!

terça-feira, maio 16, 2006

Contamos mais um,

e comemoramos.

segunda-feira, maio 15, 2006

A vida como ela é

Regra geral, somos muito bons a complicar a vida. Nem tudo é simples, fácil ou sempre como sonhamos ou desejamos - é verdade -, mas conseguimos sempre tornar a mais pequena adversidade no grande drama da humanidade, e muito boa gente passeia o dom de se esquecer de tudo o que de bom vai preenchendo os dias.

Confesso, näo sem orgulho, que näo sou um caso grave da patologia apresentada. Sou optimista, segura, convencida, bem disposta e vejo, normalmente, o lado bom da vida. Mas entretanto veio a distância e o Inverno, e quem me tem ouvido (e lido) nos últimos meses talvez näo acredite nos olhos leves que descrevo. No fundo, muda-se um bocadinho a vida e lá se encontram todas as razöes do Mundo para, mais facilmente - e a espacos - se ir sendo infeliz.

E de repente muda tudo. Porque uma semana de Sol e parques, picnics e esplanadas me deixou feliz, feliz. Chega ainda a proximidade de uma viagem fantástica e mais boa disposicäo ainda. E para que tudo fique perfeito, sem perceber, bem devagar, a Felicidade bate à porta. Num Domingo, sem avisar. Uma pequena surpresa deixa-me de sorriso persistente e a sentir que a vida é fácil - e o melhor do Mundo. A vida como ela é.

domingo, maio 14, 2006

Eu hoje acordei assim:

Toda eu sorrisos com uma surpresa da Noiva porta-adentro, e desconfiada que vem mais uma a caminho... Será? - belisquem-me, belisquem-me!

sexta-feira, maio 12, 2006


Aldeia da Meia Praia,
Ali mesmo ao pé de Lagos...
Vou fazer-te uma cantiga
Da melhor que sei e faço.

De Montegordo vieram
Alguns por seu próprio pé
Um chegou de bicicleta
Outro foi de marcha à ré

Quando os teus olhos tropeçam
No voo de uma gaivota
Em vez de peixes vê peças de ouro na lota...

Quem vier aqui morar
Não traga mesa nem cama
Com sete palmos de terra
Se constrói uma cabana...
(...)
Oito mil horas contadas
Laboraram a preceito
Até que veio o primeiro
Documento autênticado

Eram mulheres e crianças,
Cada um com o seu tijolo
Isto aqui era uma orquestra
Quem diz o contrário é tolo...

E se a má lingua não cessa
Eu daqui vivo não saia
Pois nada apaga a nobreza
Dos Índos da Meia Praia...

Sara...imagina estas quando chegarem aos 25...


Deve ser por isso que as meninas de 12 aninhos parecem ter 20!!!

Tenho andado terrivelmente ocupada,


e, obviamente, preocupada com esta coisa da idade. Pesa-me muito nos feriados e fins de semana com sol, é um problema.

(agora vou ali estudar um bocado, que nem tudo são rosas e boa vida aqui pelo norte...)

Vai uma arrozada-de-bacalhau no dia 16? a cores e ao vivo?

Não perca numa tasca-blogosférica perto de si!


quinta-feira, maio 11, 2006


Nunca liguei muito ao meu aniversário. Näo me fazia grande diferenca o ano a mais ( se bem que a fase quase-dezoito foi bem prolongada), nem tinha grandes expectativas para o dia dos festejos. Fui atravessando os anos sem grandes festas ou recordacöes. Até que chego aos 25. O inesperado acontece: estou a ficar preocupada com futuros irmäos para o cabelo branco há meses detectado em lugar de destaque da minha farta cabeleira, obcecada com o que-acho-que-brevemente-se-podem-tornar-rugas e a comecar a ter instintos maternais e de exemplar (num sentido modernista) housewife. Comecei até - imaginem! - a fazer ginástica quase regularmente. E este ano, näo sei porquê, faz sentido lembrar-me da "importância" da data. Pensando bem, talvez seja a distância, mais um dissimulado sintoma do Síndrome de Emigante (Imigrante?). Durante toda a vida, fui näo-celebrando despreocupadamente mais um ano sempre acompanhada das mesmas pessoas: a família e as amigas sem as quais näo consigo viver, o Amor que sempre esteve lá. Quando chegava o meu dia de anos já tinhamos comemorado o da Maria Arroz; quando chegava o da prp lá rumavamos disparadas para o sul para estarmos juntas mais um bocadinho. Os anos näo contavam porque estava sempre tudo igual. Agora... tudo mudou. Que a mudanca seja leve. Porque é preciso que tudo mude para que tudo fique na mesma (John, qual deles é que disse isto mesmo?)


Adenda: a foto, obviamente, já näo é de hoje - na altura o cabelo branco nem sonhava ainda ver a luz do sol. Curiosamente, foi tirada no dia de anos de sara.

Momento semi-brega - para a babe e todos(as) os "in the mood"

Devia ter amado mais,
ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado
as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
e a dor que traz no coração
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar
Devia ter complicado menos,
trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
com problemas pequenos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitadoa vida como ela é
A cada um cabe alegriase a tristeza que vier
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar
Devia ter complicado menos,
trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr

Titäs

dos novos, com "poço" de morango....

a pedido de muitas familias... está instaurada... a

..."dieta do gelado - um por dia, nem sabe o bem que lhe fazia"!

...e faz!

quarta-feira, maio 10, 2006

Sunny (em copenhaga, lx ou em qualquer outra parte do mundo!!!)


Sunny, yesterday my life was filled with rain.


Sunny, you smiled at me and really eased the pain.
The dark days are gone, and the bright days are here,
My sunny one shines so sincere.

sunny III


Sunny, thank you for the smile upon your face.
Sunny, thank you for the gleam that shows it’s grace.
You’re my spark of nature’s fire,You’re my sweet complete desire.
Sunny one so true, I love you.

ontem o corpo cedeu! depois de muita coisa, de muito trabalho...juntei-lhe uma constipação!...
...mas hoje, depois de muitas horas de sono e boa dose de drunfs, a coisa foi ao lugar!
porque amanhã... começa nova jornada!

sigur rós

http://www.hivenet.is/befb/sigur_ros-hlemmur-josef.mp3

obrigada pedro! é, de facto, impossível ficar indiferente a este rapazes "psico-urbanos" (goste-se ou não!).

beijo

terça-feira, maio 09, 2006

Simão



Há um ano ele estava comigo.

Hoje não sei onde está, como está, ou com quem está...

...mas agora já não custa.

Quando um não quer, dois não podem!

Confirmed


Daqui a uns meses vamos andar ocupados com a felicidade a muitas, muitas horas de voo daqui.

Vida de parque


Eu ía contar-vos tudo sobre os dias de sol em Copenhaga, mas a Maffa adiantou-se. Só näo referiu as iguarias gastronómicas e, por modéstia, com certeza, os melhores cogumelos de sempre.

segunda-feira, maio 08, 2006

Malta (a ilha)

A vista do hotel. Ainda que não estivesse bom tempo e que a carga laboral fosse mais pesada do que o esperado (desejado), sempre se lavava a vista e se sentia a proximidade do mar na cara.

Uns passos pelas ruas estreitas da antiga capital - Mdina -, e chegámos ao miradouro onde a noite começava.

A comunidade científica não tem a fama que merece. Apesar das menções honrosas pela pior indumentária de sempre (cada dia uma surpresa), os cientistas do Mundo bebem uns copos, divertem-se, atiram umas piadas e soltam gargalhadas na altura certa. E eu até gosto deste mundo diferente, deste outro planeta.

A vida é cheia de surpresas

Uma pessoa sai da cidade por uns dias e, quando volta, aterra no Veräo. De repente, näo mais que de repente, tudo ficou verde e florido. Mais que isso, e porque o povo do norte aproveita os recursos, as pessoas vivem na rua a passear a coleccäo primavera-veräo. Com tudo isto, tenho mais para mostrar do sol de Copenhaga que do mar de Malta. De qualquer maneira, apareceräo (mais tarde) imagens para vos lavar os olhos. Nos entretantos vou informando (-me) que, entre um voo e outro, entre uma long distance call e um barbeque, decidi que acabaram as divisöes da alma e do espírito e, a partir de hoje, vou obrigar-me a sentir-me aqui por inteiro. Näo há cá mais melancolia saudosimo instintos de fuga e sei-lá-mais-o-quê para ninguém. De volta à vida.

Só consigo pensar que...amanhã por esta hora... já foi entregue!!!
...e depois....
...O MUNDO!!!

sábado, maio 06, 2006

Time and time again

É quando não damos pelas horas passar...que sabemos que os momentos são bons..., reais... e sinceros!
E isso é muito bom de sentir!
bj

Maria tem òlicos novos!!!!


Que tal?
...Ficam bem?!...

sexta-feira, maio 05, 2006

Pedido de consideração ao artigo 563/98 da revisão da nossa constituição

Querida Prp:
estive a pensar...e acho que devemos considerar...
Vamos esquecer tudo e deixar a Sara voltar ao nosso blog!Concordas???

VOLTA PIRINHA!!!!
ESTÁS PERDOADA!!!!

Disseram que eles iam voltar em Setembro...dá nisto!

Know a man, his face seems pulled and tense
Like he’s riding on a motorbike in the strongest winds
So I approach with tact, suggest that he should relax
But he’s always moving much too fast
Said he’ll see me on the flipside
On this trip he’s taken for a ride
He’s been taking too much on ...
There he goes with his perfectly unkept clothes
There he goes...

He’s yet to come back, but I see his picture
Doesn’t look the same up on the rack
We go way back

I wonder about his insides
It’s like his thoughts are too big for his size
He’s been taken, where, I don’t know?
Off he goes with his perfectly unkept clothes
And there he goes...

And now I rub my eyes, for he has returned!Seems my preconceptions are what should have been burned
For he still smiles, and he’s still strong
Nothing’s changed, but the surrounding bullshit
That has grown

And now he’s home, and we’re laughing like we always did
My same old, same old friend
Until a quarter-to-ten

I saw the strain creep in
He seemed distracted and I know just what is gonna happen next
Before his first step, he’s off again

quarta-feira, maio 03, 2006

Um jantar, cinco pessoas, percursos de vida distintos, discursos entusiasmados.

Um Estado da Arte abafado por estórias do Oriente (incluindo os Himalaias, algures no Mapa Mundi de uma Geografia esquecida!).

Depois, o silêncio, o repassar de cada minuto numa sequência de vinhetas de uma BD real.

No final, a emoção de um presente natalício: tríptico de chávenas poéticas, saborosamente delineadas por reflexos de personalidades sadias. Um regozijo.

Uma noite sem horas, sem tempo, sem limites!


Mãnhê!!!


E os preparativos para o dia da Mãe...já vão bem encaminhados!

terça-feira, maio 02, 2006

Proxima estación: esperanza

Depois da quebra, da explosão de saudade e dos instintos de fuga recalcados, mala arrumada e partida organizada. Próxima estação: Malta.

Melancolia

O dia amanhaceu, mais uma vez, sozinho. A manhä foi uma luta contra a saudade e a memória mais dura do que as anteriores. Há dias em que as coisas näo fazem sentido. Há dias em que só o amor faz sentido.

Às vezes fugimos da vida. Das decisöes, do futuro. Atirar uma bomba ao destino.

Que o dia anoiteca depressa. Amanhä o futuro tem sol - o primeiro dia do resto da vida. Mesmo que näo mude nada.

1 Maj, Fælledparken


Ainda há Punks em Copenhaga. Estavam, ontem, devidamente penteados a tropecar em famílias com bebés e grupos de bêbados muito bêbados, a sobreviver à voz da senhora com discurso efusivo de esquerda e a abanar a crista ao som do pior hard rock de sempre.

Ainda há comunistas em Copenhaga. Sobreviveram ao crescimento vertiginoso da extrema direita dos últimos meses. Misturam-se com a esquerda menos utópica que, quero acreditar, se vai debatendo por interesses que se cruzam com os meus. De qualquer maneira, tudo o que defendem... defendem em Dinamarquês - näo percebo.

Também há rappers em Copenhaga. As músicas, imaginamos, näo cantam assaltos ou tiroteios, violência ou favelas. Desconfio que se fala de amor em ritmo hip-hop - parece-me bem.

Afinal também há Veräo em Copenhaga. Näo me chegou o calor à pele, mas o café à beira do lago até (quase) às 10 da noite, luz do sol, luz do dia... acredito que vai compensar tudo tudo. Dias enormes.

24/09/99 ... 01/ 05/06 ... 02/05/06 ...

..."o amor não tem tempo, vive sem nós. Nós é que vivemos no amor durante um tempo, num movimento do amor. Mas o amor, esse vai continuar, não tem maneira de acabar"...

Acredito piamente que o vosso amor não acabou e voltará... amanhã?! Basta viver...

Bj

Ora ai vem mais um!!!

Descobri que pertenço sem sobra de dúvidas a uma chamada "familia parideira"(!!!) - ainda que a dita grávida não seja mais do que prima consorte não oficializada!
Estamos à espera de um novo rebento na familia!
E segundo a nossa conversa ainda por dias de Páscoa, a pobre criança chamar-se-á...imaginem... Gil!!!
Mas não é nada pessoal contra o nome em si! Passo a explicar:
O que eu não compreendo, é como que uma futura mãe , mais jovem do que eu, consegue chamar ao seu próprio filho "Gil", depois de tudo o que se passou no célebre Verão de 1998!!!...
É terrivel!!!!Sendo que ainda por cima, toda a criança quando nasce e nos meses seguintes...tem realmente a cara do Gil!!!
Ó minha cara...há tanto nome bonito por aí!!!!
...Estranho é que tivessem tido tão bom gosto (aliás, muito bom!) com o nome do primeiro filho: Manuel!
Mas pronto!
Restanos desejar que venha por aí uma linda de uma menina, para enchermos de coisinhas cor-de-rosa, bonequitas, saias, camisolas, casacos e biquinis com muitas flores...
Ai!!!! Espera!!!Com esta agora me lembro...se vier menina, por este andar e com a novela nova da sic, ainda lhe chamam....Floribela!!!!
...mundo cruel...

segunda-feira, maio 01, 2006

Eu sei e você sabe que a distância não existe...

(...) Não há você sem mim, e eu não existo sem você...

Tudo isto para dizer, mais uma vez, que não estou aí... mas é como se estivesse. Para as conversas e os cafés e os desabafos e os risos. Para dizer mal e bem, rogar pragas e declarar amores. E para relembrar que tudo vai passar - tudo passa...

24/09/99 ... 01/ 05/06 ...(??/??/??)

Hoje faz sentido...e se Deus quiser amanhã também.. .

Quem acreditou
No amor, no sorriso e na flor
Então sonhou, sonhou
E perdeu a paz
O amor, o sorriso e a flor
Se transformam depressa demais

Quem no coração
Abrigou a tristeza de ver
Tudo isso se perder
E na solidão
Procurou o caminho e seguiu
Já descrente de um dia feliz

Quem chorou, chorou
E tanto que o seu pranto já secou...

Quem depois voltou
Ao amor, ao sorriso e à flor
Então tudo encontrou
Pois a própria dor
revelou o caminho do amor
E a tristeza acabou.