terça-feira, fevereiro 28, 2006

Fernando Pessoa.

O que diria Pessoa se visse toda a sua Obra prostrada num sítio electrónico? Sacrilégio?!

Confesso que ao fazer a ligação para o "site-de-poesias-coligidas-de-F E R N A N D O-P E S S O A" - valha-me santo ambrósio... que nome! - deparei-me com uma lista interminável de títulos de poemas oferecidos a metro, com indicações inconfundivelmente hispanizadas de "¡¡¡Completo!!!" e "¡¡¡Novo!!!, bem garridas para chamar a atenção do leitor mais incauto.

Um bom instrumento de trabalho, dirão uns. Concordo! Uma "¡¡¡Completa!!!" compilação de "poesias-coligidas-de FERNANDO-PESSOA", dirão outros - ou os mesmos já que é uma consequência da primeira premissa. Acredito que sim.

Mas, onde fica o prazer de folhar as páginas do papel pardo amarelecido pelo tempo dos livros de Pessoa, editados por qualquer editora portuguesa que se dedique à sua obra?

Que saudades do Mestre e da Liberdade, vogando pelo torreão da Pensão Estrelinha à Sé entre um beijo, um olhar comprometido e um delicioso chá, com travo a canela, No Chiado, junto ao S. Luís.

sábado, fevereiro 25, 2006

In the mood for love

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

I know not what tomorrow will bring...


Já que falamos de Lisboa, do Chiado, de livros (compras). Já que a poesia vai preenchendo os dias. E porque uma descoberta que nos anima o dia merece ser partilhada,

Fernando Pessoa.


Mais uns dias e ando por aí a beber cafés de empreitada, a descongelar os ossos, a rir em português, a passear pela luz de Lisboa e a comprar, comprar muito. Tudo isto bem e muito acompanhada, que já que se tem a fama de ser mimada (!!), que venha também o proveito.

A partir de Domingo à noite passamos a 96. E que venha o rodízio de petiscos com Sociedade de Miúdas Mais Giras do País e Arredores. A foto é para lembrar que o homem mais antipático da cidade com o restaurante com o nome mais estúpido do país desta vez näo nos apanha lá. Ha!

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Wake up call for Denmark


Só um cheirinho do artigo, e devidamente manipulado por quem comeca a perceber que os Dinos säo mesmo assim. E sabem, e admitem.



Sono. Muito sono...

What the fuck is Scientology - resposta:

A Cientologia é uma filosofia religiosa aplicada (lindo). Prova que há vida para além da morte, que, basicamente, podes fazer a merda toda que quiseres até ao fim dos teus dias porque tens sempre a eternidade para refazer tudo de novo, para te desculpares, aproveitar a vida, para deixares de ser infeliz. Podes ser insuportável ou bater na mäe, näo faz mal se abusas de criancas, assaltas velhotas ou mesmo se és americano: tudo pode ser diferente a partir de um dia a definir, from here to eternity.

A Cientologia é religiäo que oferece muitas vantagens: por uma módica quantia (em dólares, de preferência) acreditas automaticamente que és capaz de tudo (TUDO), e - esta adoro, só pela palvra - que te está destinado o accomplishment de todos os teus goals. (Accomplishment é, informo, a minha palavra preferida de todos os tempos).

E agora a bomba de ouro, a minha preferida de todos os tempos:

That which is true for you is what you have observed to be true.

A minha dúvida passa a ser: porque raio é que a palavra Ciência aparece aqui no meio?

terça-feira, fevereiro 21, 2006

A partir de hoje respeito muito estas coisas, que mais vale jogar pelo seguro

Sou rapariga descrente. Metida a cientista e, mesmo na ciência, uma céptica insuportável. Aceito tudo, desde que com demonstracäo matemática e observacäo em microscópio electrónico. Fala-se de espiritismo, transmissäo de energias ou telepatia e eu näo aguento: näo contenho o riso, sou arrogante e näo consigo disfracar, sequer parar de gozar com quem lanca a ideia - e acredita. Mas depois uma pessoa vai e conhece a John. Até aqui tudo bem. É pessoa que também acha piada às ciências e - melhor - näo vai em tangarias. O problema é outro: John, ela própria, é bruxa. Entra na cabeca das pessoas. Adivinha os pensamentos mais improváveis. Vasculha e - pior! - publica, dá a conhecer ao Mundo. Näo tarda nada está a espalhar por aí os meus pensamentos mais obscenos e a arruinar o meu futuro como senhora-de-bem e membro respeitável da sociedade, que nunca se sabe o que me vai passar pela cabeca para animar os meus dias no meio de tanto Dinamarquês enfadonho. Medo.

Curling - aqui vai uma amostra

Prémio da Estupidificação da Sociedade Via Media

Eu, que só vejo canais estrangeiros (chique), vou acabar por fugir do alvo. Eles (tenho que vos contar o que acontece quando, very portuguese, traduzo à letra este eles para inglês. They say that é automaticamente seguido por who are they? who says that?) manipulam-nos, é verdade. Mas...

O Big Brother e todos os reality shows säo maus, muito maus. Incluam-se os da MTV - e que se destaque a maravilhosa vida de recém-casada de Jessica Sympson e seu boy-band-type marido. Aqui näo consigo seguir os Morangos com Acúcar, que até nem acho mau - e até dou por mim a tentar imaginar se aquilo resulta no Inverno, se as miúdas continuam giras e se o Zé Trigo consegue fazer sucesso sem t-shirts de manga cava (que aquela cara, credo, é coisa para assustar as adolescentes Portuguesas) - dizia eu, näo sigo os Morangos mas levo com o Blond and the Beautiful, ou lá como se diz, que é provavelmente a coisa mais sinistra que se fez nos anos 90 (?). Agora o pior, pior, pior - e que me ocorre agora porque está fresco na memória e, quem sabe, ainda estará (arrghh) presente num futuro próximo -, é a modalidade mais secante e mais estupidificante - aqui vai o prémio - dos jogos olímpicos de Inverno. Isto é muito pior que o Anjo Selvagem, John. Daqui näo sai repugnância, sentido crítico, gozacäo. Näo há o mínimo estímulo cerebral - nem sequer para dizer asneiras de indignacäo -, é a total passividade, o maior dos enfados. De seu nome Curling, é nada mais nada menos que uma seca de horas e horas em que duas pessoas däo vassouradas no gelo para tentar fazer com que um objecto circular feioso vá enfaixar-se noutro igual, paradito no meio de uns círculos. E eu levei com isto. (Desconfio que só porque as equipas da Suécia e da Suíca têm umas miúdas giras...). Nada mais estupidificante que estar enterrado no sofá a absorver imagens de um suposto desporto que uns espertalhöes praticam para entrar para a faculdade com média 10 (verdade absoluta).

E tu, Rita? Para onde vai o teu prémio?

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

detesto a insolência que agride e hoje fui insolentemente agredida.


Choque meteorológico

Hormonas latinas em clima nórdico. Tudo avariado.

The emigrant way

Parece ridículo que o emigrante tenha uma tendência doentia para se juntar aos seus. Ridículos os bairros temáticos (meaning bairro-de-país), os restaurantes-imitacäo dos típicos lá da terra, os pratos de bacalhau e o pastel de nata e uma bica, ohfazfavor. Pior, pior - pensava eu - só os arraiais em Junho, os quintais com hortas nos subúrbios de Paris e as noites-do-Benfica nos arredores de Londres.

Tanta conviccäo enquanto a vida é pacífica e rotineira num raio näo superior a 50 Kms do centro de Lisboa. Tropeca-se numa oportunidade e, de repente, apanhamo-nos a viver a 3000 kms de distância do Mundo - o nosso Mundo. Até aqui tudo bem. Conhecer a cidade, as pessoas, as rotinas. Comecar de novo. Tudo diferente, uma emocäo. E o tempo vai passando. A cor da cidade é diferente - a temperatura também. Näo há tränsito, confusäo, stress - nem sol nem luz nem riso espontâneo. Um mês, dois meses, três, quatro meses e... bacalhau com natas para toda a gente, festa de Portugueses, amigos com quem possamos dizer o que sempre dissemos, rir do mesmo, gostar do mesmo. Matar - ou aumentar - as saudades. Simular um Portugalzinho no meio do Norte do Mundo. Acima de tudo, "fugir" um bocadinho desta gente comprimida que só explode à sexta e sábado à noite depois de substituir o sangue - frio! - por alcool.

Tudo isto me veio à cabeca depois de descrever o meu fim de semana e me aperceber do temido: sou uma emigrante. Típica. Daquelas que aparecem na Costa da Capariga em Agosto aos berros, Michelle, tu vas tomber. Respiro fundo com a vantagem de só saber duas palavras em Dinamarquês e só saber contar até 8 e de trás para a frente (fruto das aulas de ginástica). E prometo que vou evitar a feijoada e o garrafäo na praia no Veräo.

sábado, fevereiro 18, 2006

VISCONTI

Luchino Visconti


Realizador de cinema italiano do século XX.

Nasceu em Milão em 2 de Novembro de 1906;morreu em Roma em 17 de Março de 1976.

Luchino Visconti di Morone nasceu em 2 de Novembro de 1906 em Milão, «quando a cortina subiu no Scala», como ele próprio dizia. Filho de Giuseppe Visconti, duque de Modrone, e de Carla Erba, herdeira de uma ffortuna feita na indústria química, sendo um dos sete filhos do casamento, que durou até 1924, tendo tido uma infância bastante privilegiada.

Durante sua juventude contactou com importantes intelectuais e artistas, como o maestro Toscanini, o compositor Puccini e o escritor D'Annunzio. Como é natural, interressou-se desde cedo pela música e pelo teatro, mas também pelos cavalos, que se tornaram uma paixão. Tendo feito o seu serviço militar em 1926 na arma de cavalaria, passou a criar cavalos puro-sangue destinados às corridas de cavalos, logo que foi desmobilizado, de 1928 a 1936, não pensando em muito mais do que isso. Quando este interesse começou a esmorecer, e depois de ter realizado uma viagem à Alemanha, foi viver para Paris tornando-se amigo de Coco Chanel. A costureira apresentou-o ao realizador Jean Renoir com quem trabalhou brevemente no filme Une Partie de campagne, realizado em 1936, experiência que fez com que se interessasse seriamente pelo cinema. Nesta época, em que a Frente Popular governou em França, Visconti, que tinha sido um apoiante do fascismo, aderiu ao comunismo.

Em 1937, Visconti passou por Hollywood antes de regressar a Roma. Já Itália participou no filme de Renoir La Tosca, que terminou com o auxilio do assistente do realizador francês, devido ao regresso deste a França com o começo da Segunda Guerra Mundial. A partir de 1940 ligou-se ao grupo do jornal Cinema. Para financiar o seu primeiro filme vendeu algumas jóias da família. Ossessione de 1942, uma adaptação não autorizada do livro de James M. Cain O carteiro toca sempre duas vezes, teve dificuldades com a censura fascista, mas o resultado foi um enorme sucesso em Itála. No fim da Segunda Guerra Mundial Visconti permitiu que seu palácio fosse utilizado como centro de comando secreto por membros da resistência comunista, e participou em acções armadas contra os ocupantes alemães. Estas actividades fizeram com que fosse preso pela Gestapo em 1944, durante um curto período de tempo. Vingou-se do tempo passado na prisão quando filmou a execução do chefe da policia política italiana Pietro Caruso, para o documentário realizado em 1945 - Giorni di gloria.

O partido comunista italiano encarregou-o de produzir uma série de três filmes sobre pescadores, mineiros, e camponeses da Sicília, mas só o La Terra Trema - Episodio del mare foi realizado, em 1948. Este filme, juntamente com Rocco e i suoi fratelli, de 1960, que documentam as dificuldades das classes trabalhadoras, foram censorados pelos sucessivos governos de direita que dirigiram a Itália no pós-guerra. Mas, a partir dos anos sessenta, os filmes de Visconti tornaram-se mais pessoais. Talvez os seus trabalhos mais importantes sejam Il Gattopardo [O Leopardo], de 1963 - EM CARTAZ NO NIMAS, EM LISBOA, 21:30 H, A NÃO PERDER! CERCA DE 3 HORAS DE CRÍTICA MORDAZ A UMA SOCIEDADE QUE NÃO ESTÁ TÃO DISTANTE DA DE HOJE COMO A PARTIDA SE ESPERARIA DE UM FILME DOS ANOS 60 -, e a Morte a Venezia [Morte em Veneza], de 1971. A adaptação exuberante do romance de Giuseppe di Lampedusa, saído em 1958, que retrata o declínio da aristocracia siciliana durante o Risorgimento, era um assunto que lhe estava próximo devido à história da sua família.

Não sendo o mais fácil dos diretores (a actriz Clara Calamai afirmou que era «um senhor medieval com chicote»), Visconti granjeou mesmo assim o respeito dos seus actores. Apesar de ser conhecida a maneira como tratou Burt Lancaster durante a rodagem do Leopardo, este actor afirmou que Visconti era «o melhor director com quem trabalhei até agora ... um sonho para um actor".

Luchino Visconti encenou diversas peças de teatro, incluindo obras de Jean Cocteau e Tennessee Williams. Era tão famoso como director de ópera como o era como realizador de cinema, sendo reconhecido o seu trabalho com Maria Callas, que afirmou que fora Visconti que a ensinara a representar.

Abertamente bisexual, como o seu pai, os filmes de Visconti têm poucas personagens explicitamente homosexuais, embora haja frequentemente nos seus filmes um erotismo encapotado de teor homosexual. Favoreceu sempre actores principais atraentes, tais como Alain Delon, e a sua obsessão no fim da vida foi pelo actor austríaco Helmut Berger que dirigiu no filme La caduta degli dei [A queda dos deuses] (1969), Ludwig (1972) e Grupo di famiglia in un interno (1974).

O seu hábito de fumar (até 120 cigarros por dia) provocou-lhe um ataque de coração, que lhe debilitou bastante a saúde, mas recuperou o suficiente para fazer L'Innocente antes de morrer em Roma em 1976. O funeral de Luchino Visconti teve a presença do presidente italiano Giovanni Leone e do actor Burt Lancaster. Houve quem ridicularizasse o estilo de vida de Visconti - opulento é o mínimo que se pode dizer -, já que era reconhecidamente marxista. Salvador Dali afirmou sarcásticamente que o realizador «era um comunista que só gostava do luxo». Visconti explicou a um repórter americano em 1961, que «eu acredito na vida, isso é o essencial ... e acredito numa sociedade organizada. E penso que tem hipóteses».
Fonte:
Enciclopédia Portuguesa e Brasileira de Cultura;
Encyclopedia Britannica

sexta-feira, fevereiro 17, 2006


Disseste, há uns anos, que os meus olhos brilhavam com a imagem ou ideia de crianças como os dela quando ouvia a palavra droga. Senti-me elogiada com a comparação. Hoje, os meus olhos brilham, enchem-se de água, o sorriso não sai da cara e a saudade triplicou. Porque também queria viver isso tudo.

Tenho a mania das palavras: preferidas, odiadas, desejadas.
A mania dos pre-conceitos (nem sempre preconceitos).
Tenho a mania das rotinas - mas esta é täo grave, täo grave, que interrompam o meu pequeno-almoco-sempre-igual, sempre na mesma cadeira, na mesma posicäo, com os mesmos blogs e jornais online, as mesmas colheres canecas e tacas, que eu nem sei o que acontece.
A mania que sou confiante. Mas, vendo bem, tenho toda a razäo do mundo para ser confiante e ter a mania. (Aqui está).
Tenho a mania do café. Com tudo, em tudo, a toda a hora.

E eu adoro manias.

Quem se lembrou de inventar que o Inferno é quente, irrespirável, chamas, calor, suor e gritos, nunca este na Dinamarca no inverno.


Nunca a semelhanca entre duas palavras fez tanto sentido.


Inverno
. Inferno.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

As light as it gets


Uma das angústias da mente curiosa é não saber tudo sobre tudo. Por mais diletante que se seja - e lá vamos fazendo por isso -, é impossível andar pela ciência com a filosofia na palma das mãos, dançar com a matemática e ler todos os livros do mundo, dominar as leis e a fisiologia em simultâneo. Utopia. Tem que se escolher. Há quem, como eu, pare para pensar nisso. E quem, ao contrário da maioria, faça por alegrar o Mundo curioso e lhe ofereça presentes destes: um livro engraçado que conta, descontraída e levemente, a história de tudo.

Para que as coisas fiquem na mesma, é preciso que tudo mude,

dizia o Tancredi*, e muito bem.

* O Leopardo, Giuseppe Tomasi di Lampedusa.


Grande mentira.

Näo é igualdade que quero. Mas saudades da Elis, sim.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

O senhor sabe que a falsificação de documento é crime, não sabe?
Sei, sim, Senhor Juiz.
Então o que me tem a dizer sobre os factos?
Foi uma brincadeira!

Convence qualquer Juiz, não acham?

Mas, para além dos aspectos jurídicos, pergunto:

Onde fica a amizade no meio da brincadeira?

A confiança?

A lealdade?

Hoje, alvo de uma brincadeira de um inopinado e reiterado mau gosto, de uma piada - sem piada - fiquei profundamente magoada.

Peço Justiça!

Discos pedidos - desenvolvimento de conversa de Domingo



Ora a questäo é a seguinte: as Dinas (Dinamarquesas, entenda-se) säo giras. Digo giras para näo dizer lindas. Lindas para näo dizer deslumbrantes, estonteantes, drop-dead-gorgeous, etecetra etecetra. Ou seja: altas e loiras e tal. Até aqui tudo bem. Os Portugueses, vendo-se rodeados de beldades, ficam extasiados. Compreensível. O facto das "beldades" näo serem femininas, näo terem rabo e - posso provar! - terem, como todas as comuns mortais, celulite, näo interessa. Desmentem, até. Vai daí, estes mesmos Portugueses, que por aqui andam livres e desimpedidos, investem na abordagem que dizem - com razäo - nunca resultar em Portugal. Pior: criticam-nos, a nòs, senhoras-de-nosso-nariz latinas, confiantes morenas e pequeninas (aqui falo por mim). Criticam-nos por boicotar à partida qualquer abordagem despreocupada num bar ou outro sítio qualquer. Por virar a cara logo depois de disparar o olhar número dois quando um estranho tenta conversa. Por boicotar à partida qualquer encontro fortuito em local destinado ao consumo de bebidas alcoolicas.

Nesta conversa, os elementos do sexo feminino - Portuguesas - defendiam que o amor, meaning O Homem Das Nossas Vidas, näo se vai encontrar, com certeza (por aqui ando eu do alto dos meus 24 anos cheia de certezas absolutas), na noite, mas, mais provavelmente, numa biblioteca ou livraria. O que estás a ler ou um qualquer palpite, piada, qualquer-coisa sobre o livro que temos na mäo tem muito mais impacto que uma mentira elaborada sobre o meu rabo. Uma exposicäo ou filme também está no topo das probabilidades do encontro-definitivo. Antes uma troca de olhares aqui do que esmagada no balcäo do bar na luta por um gin tónico. Mas näo - dizem -, nada disto faz sentido, as Portuguesas säo é arrogantes, preconceituosas, convencidas, parvas, tanto exigem tanto sonham que merecem é ficar sozinhas. Eu sou tudo isto. Näo sei como vou chegar aos 45 anos e lidar com a minha consciência a pensar na quantidade de engates brejeiros entre 2 litros de cerveja que dispensei arrogantemente. Pobre de mim.

Conclusäo: penso que eu e as ilustres representantes da classe presentes na discussäo no Domingo temos toda a razäo do Mundo. A ver se andamos para aí a engatar Dinos. Näo, claro que näo.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Onde está o amor?*

Nunca num bar ou discoteca numa sexta feira. O amor näo está numa primeira abordagem clássica, previsível - incredível - e vulgar. Tens uns olhos lindos e és a mulher mais bonita que já vi näo resulta. Com Portuguesas. O engatatäo latino esquece-se que a mulher do sul cresceu a ouvir balelas, que se caíu à primeira, aprendeu, à segunda, foi inocente, à terceira e seguintes é burra e exclui-se do grupo que comprova esta teoria - e por isso näo é para aqui chamada. O amor está com certeza numa biblioteca, numa livraria, exposicäo. O amor está no cinema, sozinho. Ou num amigo, amigo do amigo ou amigo do amigo do amigo. Na noite, procurem-se Dinas, que säo menos exigentes e ainda acreditam em elogios.

Adenda: o amor näo é tímido, parece-me.

*de uma conversa de Domingo, marcada por profundo desacordo entre os elementos dos sexos feminino e masculino presentes.

domingo, fevereiro 12, 2006

ABAIXO A TIMIDEZ

Se há coisa que não suporto é a timidez... Sobretudo a timidez masculina. Não há paciência. Não não há...

Adoro a boa educação, em geral - não apenas a do género masculino -, com tudo o que isso implica,

o cavalheirismo,

a inteligência - sim, os homens, quando querem são muito inteligentes -,

a sensibilidade - e isto não tem nada a ver com gays, nada -,

a loucura q.b. que marca a diferença,

o humor, do bom, daquele que me desarma,

o interesse - e interesses, muitos -,

a curiosidade,

a vida,

a partilha,

tudo no masculino, claro está.

Homem tímido é que não. É que nada avança... E o mundo quer-se com mudança...

Avancem, pelo... Amor!


quinta-feira, fevereiro 09, 2006

A música do momento

Não consigo parar de ouvir. Cliquem. Ouçam. Muitas vezes.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

PARIS

De Lisboa para Copenhaga, Paris, aos teus pés: http://framboise781.free.fr/Paris.htm


segunda-feira, fevereiro 06, 2006

O diálogo entre a Raposa e o Principezinho na obra de Saint-Exupéry:

Era melhor teres vindo à mesma hora – disse a raposa. Se vieres, por exemplo, às quatro horas, às três, já eu começo a ser feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sentirei. Às quatro em ponto já hei-de estar toda agitada e inquieta: é o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca saberei a que horas é que hei-de começar a arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito.”

Celebrity

Só para avisar que o pessoal tem uma amiga estrela da tv. Oh yeah.

Domingo Perfeito

Manifestações pela cidade, bandeiras ardidas, confrontos entre direita e esquerda, todos pela liberdade - polvorosa em Copenhaga e eu em Christiania e outros cantos de jazz pela cidade. Um debate sem sentido em que a fanatismos se responde com falta de sensatez.

De qualquer maneira, e em jeito de resposta a outros debates (com a prp), lembrei-me de uma palavra que não gosto de ouvir: odeio. Esta sim, tem carga negativa. Para mim, claro. As palavras têm a carga que lhes atribuímos. Mas não sociológica ou social ou o que quer que seja. É feia e negativa, pronto. Detesto que digam odeio. Que tal? (Mas continuo com inveja de muita coisa e muita gente. Por exemplo, de quem não tem que ir enfrentar as temperaturas negativas do (meu) dia. Ai, detesto frio. O Verão que não chega nunca...

domingo, fevereiro 05, 2006

...bateu?

e agora...

nada?

entra?

não entra?


sábado, fevereiro 04, 2006

E QUANDO UM ESTRANHO TE BATE À PORTA?

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Da inveja

A inveja ocupa o meu espírito durante grande parte dos meus dias. Mais: há dias em que toda eu sou inveja. Consome-me, quase me corroi - sempre com um sorriso nos lábios, claro. Dá-me força, energia. Gosto de ver os amigos felizes. Quotidianamente felizes.

Acordar com presentes à porta

Obrigada, Aninhas! Adorei, adorei.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Saudades do tempo em que a verborreica Maria Arroz ainda parava por aqui.

Cada tiro cada melro

Muito legau essas coisinha que vocês falam.
(Tinha eu - infeliz ideia - acabado de dizer santinho após o espirro do amigo brasuca).

É muito fácil pôr estes meus amigos bem dispostos logo pela manhä (e a qualquer hora do dia). Basta incluir, no meio de qualquer conversa banal, as seguintes palavras ou expressöes:

- giro
- comboio
- pequeno almoco (esta foi o delírio)


(Lista em actualizacäo constante)

Acho mal. Lá porque o pessoal vê novelas desde que saíu da barriga da mäe e já näo há expressäo brasileira que näo pareca natural e, por isso, passe despercebida - ou pelo menos assim pensava eu até conhecer um gaúcho asneirento -, näo é justo que uma simples rapariga portuguesa se sinta ridícula a cada 10 palavras que lhe saem da boca. Acho mal.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Prelúdio

Bruxelas está esperando por mim... dia 24 deste mês lá vou eu!
Entretando vagueio pela índia by net...

É isto:


É capital do surf. Em suas areias circulam, todo o verão, belas garotas. Eleita pelos jovens, recebe gente de todo o Brasil, sobretudo paulistas e gaúchos. A noite é animada em seus inúmeros bares.