quarta-feira, junho 28, 2006

és a minha herói! ;)

terça-feira, junho 27, 2006

a força do "tem que ser"


"...eu tb tenho de estudar e n tenho vontade nenhuma... [diz-se do lado de lá do msn]
mas tem que ser, e o que tem que ser tem muita força
ou pelo menos devia ter...
[acrescenta]"

Surprise, surprise

Por aqui até têm medo de me perguntar quando volto. Mas volto... Regenerada e cheia de sol e pele dourada, espero.

Mäe diz que ir a Portugal é como quem compra de repente uns sapatos. Só porque sim. Porque apetece. Eu nunca fui muito de impulsos...

segunda-feira, junho 26, 2006

Empate

Ontem nem tudo foram confrontos entre Portugal e Holanda. Houve pelo sul um match que terminou em amor...

A primeira vez que me sento direitinha e seguidinha a ver o jogo e dá nisto: cartöes por todo o lado, expulsöes, pontapés, festinhas na cara, buracos na perna - uma festa. Mas até que gostei muito de ver, no finalzinho, o fofo do Deco com o Holandês-sem-cara-de-Holandês, os dois recém-expulsos, sentadinhos em conversa serena e plena discussäo de pormenores do jogo, quais amigos de longa data a torcer pelo mesmo clube.

sábado, junho 24, 2006

Improviso n.º 15 de Poulenc

Estava a ouvir um CD de Poulenc, gravado por Gabriel Tacchino, e reconheci o Improviso n.º 15 (Homenagem a Edith Piaf).

Em 22 de Maio de 1999, toquei essa peça para amigos e, nessa mesma data, escreveste-me assim:

"Com tudo o que tens de ti,
Com tudo o que tens de piano,
Com tudo o que tens de mim,
Com tudo o que tens de poesia
e com tudo o que tens de beleza..."

Fui à caixinha das memórias recordar estes momentos de poesia gratuita, depoimentos de amigos, "de sempre e para sempre".

sexta-feira, junho 23, 2006

Só eu sei

É,
Só eu sei
Quanto amor
Eu guardei
Sem saber
Que era só
Pra você.

É, só tinha de ser com você,
Havia de ser pra você,
Senão era mais uma dor,
Senão não seria o amor,
Aquele que o mundo não vê,
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você.
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você.

É, você que é feito de azul,
Me deixa morar nesse azul,
Me deixa encontrar minha paz,
Você que é bonito demais,
Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.

Eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
Eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
Eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim

Elis Regina

quinta-feira, junho 22, 2006

MPRIV

Entre setenta-e-tal Advogados - e não são uns Advogados quaisquer, mas os meus I. Colegas - depois de comunicada mais uma saída, começo a pensar nas reacções...

Uns dirão epá, sacana do gajo, agora é que vai ter vida boa... calminha, fez bem! ele é bom, vai safar-se.

Outros, isto já está com tanta gente, que mais ou menos um, é um bocado indiferente... Podiam era anunciar a saída todos de uma vez, fazia-se um jantar comum e despachava-se a coisa... Isto de todos os meses ir a um jantar não está a dar com nada...

Qual quê, o melhor disto são mesmo os jantares... como a malta só se vê nos jantares, o melhor é que vão saindo às pinguinhas, pro conbibio...

Pior, onde é que debitam o tempo que andam a comunicar aos Colegas a saída? Se bem me lembro não há nada que contemple este gasto nas hojas de tiempo...

Olha, este era daqueles que não fazia cá mesmo falta nenhuma!

Eu, diz outro, tenho pena. O gajo até era - como se a partir daquele momento tivesse subitamente deixado de ser - porreiro... Tinha lá os seus defeitos, mas temos todos.

Sim, concordo, este é dos nossos... Vou sentir falta.

Com quem é que vou falar das "miúdas"? - das giras, claro, mulheres velhas, feias e gordas é que não!

Um outro, mais calado, nada diz, mas prepara-se para escrever um email ao Colega. Acaba dizendo - o custume - qualquer coisa de que precisares, sabes que podes contar comigo e já que estamos aqui tão perto, temos de combinar ir almoçar.

Depois começo a pensar no que estará a sentir a própria pessoa, o tal que anunciou a saída... O que lhe vai na alma! Anunciou a coisa com mestria, as palavras foram pensadas, o discurso saiu com uma certa fluidez. Mas o que terá ele mesmo a sentir?... Conjecturar sobre esta situação é bem mais complicado e não arrisco a fazê-lo (agora)... Fico sem saber, mas tenho curiosidade...

Posso, contudo, dizer que vou ter saudades dos momentos em que aprendi Direito sem perceber que estava a aprender, dos emails descontraídos e informais, do cheiro a cigarrilha de baunilha, dos passos altos e esguios que anunciavam a chegada, do 212 no visor do telefone, da troca de músicas, capas de CD's - com e sem CD's, de uma - muitas - conversa tranquila, animada e bem disposta e das palavras certas, na hora certa com imensa inteligência e humor.

Um beijinho Nuno

"ESTA MENSAGEM TEM CARÁCTER PESSOAL E NÃO É UMA COMUNICAÇÃO DE URÍA MENÉNDEZ"

Pepino

Oveservem só quem voltou para animar a malta, dar-nos música (concertos? concertos?) e, gracas a Deus, fazer-nos rir no meio de organizacöes de conferências - coisa também chata como a merda. E que näo dá comissöes.

Sozinha no modo-näo-futebol

Näo me väo ver a, de repente, gostar de futebol, falar de futebol, ver futebol. Ainda que goste muito destes entusiasmos colectivos, do repentino apoio à Pátria e do nervosismo seguido de festa, näo consigo passar a gostar disto. No primeiro jogo ainda tentei, e deu no que deu: conversa do princípio ao fim e, se tanto, dois olhares de relance aos jogadores em tamanho real. Durante o segundo jogo passeava-me pela cidade com provavelmente as outras 2 únicas Portuguesas que näo estavam sentadas a olhar para a televisäo, e ontem... valores mais altos se alevantavam: a primeira despedida, o primeiro adeus. A minha amiga Grega, que chegou mais ou menos pela mesma altura que eu, com quem vivi durante os primeiros tempos e de quem gostava muito... desistiu de tudo e vai para os bracos do amor e da família. (Às vezes acho que queria um argumento destes...) Acabados os abracos e as promessas ainda consegui chegar a tempo dos últimos 20 minutos do jogo, e juro juro que estava a olhar para a televisäo. Mas näo me lembro de nada, näo sei o que se passou e suspeito (mas näo juro) que näo houve golos - tal era o interesse. De qualquer maneira, gosto muito que Portugal ganhe - e com isto estou com o resto do País. Ao menos isso.

terça-feira, junho 20, 2006

Louisiana museum, Denmark
(Estavamos a precisar de fotos)

Hoje é daqueles dias

Näo fossem os 3000 kms e agarrava nas perninhas e ía para aí. Hoje estou a rebentar de distância, ausência e saudade. Näo aguento mais telefones e conversas escritas. Estou com falta de abraco. Posto isto, aceitam-se - via email, telepática, bloguística ou a que seja - razöes para me contentar por aqui.
E bom dia.

segunda-feira, junho 19, 2006

"Atenção Creusebeck... ao toque de 4 já vai!
Já... Já... Já... JÁ VAI!!!"

De volta à vida,

que é como quem diz à monotonia, à rotina e aos dias mais-ou-menos iguais. Já sem mäe por perto - e depois de muito passeio e muito mimo -, vou deixando por aqui novidades soltas. Entretanto temos amigäo Brasileiro muito muito feliz com bilhetes para a Copa a caírem nas mäos (caixa de email) de repente. Assim vai o casal de verde e amarelo e sorriso contagiante gritar Globo, filma eu!! e sambar para Ronaldinho Gaúcho e companhia.

sábado, junho 17, 2006

1-0 PT-IRÃO (mas não sou menina de apostas!)

O que acho graça é o facto de o futebol superar querelas políticas, diferenças ideológias e religiosas. Hoje o palco de guerra - num espírito desportivista, claro! - é em Frankfurt.

Ao mesmo tempo em que tudo acontece, as mulheres estão impedidas de frequentar o estádio e de ver os jogos em conjunto com os homens!

sexta-feira, junho 16, 2006

O Mundo reuniu energias para me tentar arrancar do trabalho:

mäe passeia-se pela cidade, os óculos ficaram em casa, a cantina näo fornece almoco - avisada? eu? näo... ah, email em dinamarquês, claro -, ainda é veräo lá fora, sapatos novos para mostrar ao Mundo e... muito trabalho à espera. Fico? Näo fico? Hmmmm... vamos decidindo.

quarta-feira, junho 14, 2006

Surpresas no correio

Sou toda sorrisos com o presentão da Chapa. Vida futura cheia de boa música. Tak!

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

Fernando Pessoa

Copenhagen Jazz Festival


Observem só este progama.

















Herbie Hancock

Eu hoje acordei assim

Nyhavn, Copenhaga
Nada melhor que estes passeios com a mäe e amigas pelas ruas até ao último raio de luz, gelado muito enorme depois do jantar na esplanada. Somos felizes no Veräo. Já vos falei dos dias intermináveis?

terça-feira, junho 13, 2006

Vida futura

Seis meses nos States. Três meses nas Holandas. Estou para ver se ficarei gorda e adepta de substâncias ilícitas.


Eu acho um exagero a pessoa se levar muito a sério.

Chico Buarque, em entrevista a José Costa

segunda-feira, junho 12, 2006

Mundial pelos emigrantes



Homens com ar aborrecido e irritado e miúdas a tagarelar furiosamente. Futebol? Ah, claro, ali no ecrä.

Vou ficar aqui a roer-me de inveja e a sentir-me lentamente consumida pela nostalgia. Cheia de saudades e vontades. Mas à espera da visita da mäe e a aproveitar o sol de Copenhaga. Os dias por aqui seriam perfeitos se näo existisse Lisboa e se os amores näo estivessem por aí a dancar na bica entre uma sardinha no päo e um copo de vinho. Dancem por mim, sim?

domingo, junho 11, 2006


Já mudámos de cenário. Mudámos de lagos, de pessoas e de rotina.

sexta-feira, junho 09, 2006

Santo António

Há precisamente dois anos atrás, estava eu em plena Bica com amigas S. e M., uma grande decisäo ficou escrita (no ar, na memória e no futuro): nunca, mas nunca mesmo, a situacäo daquela noite se iria repetir. Nunca nunca mais estas três amigas iriam sair dos santos à meia noite para estudar na manhä seguinte. Nunca mais estaríamos brancas, esquálidas, pálidas no meio de sardinhas e manjericos. Para o resto da vida o santo António seria nosso, Lisboa seria nossa.

Um ano depois desta grande decisäo nas nossas vidas, engoli a saudade e a inveja destas mesmas amigas - e do resto do mundo lisboeta - enquanto me entretia sei lá como pela Suíca. Dois anos volvidos e estou entre 40 atrasados mentais mongolóides intriguistas e, pior dos piores, feiosos, perdida na Finlândia. Branca e inchada. Falem-me de manjericos e sardinhas, encontröes e calores à noite, que eu digo-vos: ainda que à distância, arranjo maneira de vos fazer a vida negra, ai se arranho. Ainda morro de inveja.

Obrigada Senhor pelo Público online

Estejam atentos às notícias. Se se ouvir por aí que Portuguesa inchada perde subitamente a calma e assassina dois ou três loiros de enfiada, tudo será explicável: já näo estou a curtir estes trabalhos em grupo. E näo há lago, sauna, deliciosas sobremesas ou dias intermináveis que me relaxem.

quinta-feira, junho 08, 2006

O Mundo

No meio de tanta gente de quem me apetece fugir, encontram-se pessoas interessantes. Uma ou outra, pelo menos. Descubro uma rapariga pouco mais velha do que eu - raro, muito raro. Tem 27 anos e também comecou o doutoramento há uns meses. Rapidamente - e felizmente - deixámos as conversas científicas para trás, e comecei a ouvir falar de viagens. Esta Sueca de ar pacífico decidiu, aos 21 anos, parar o curso. Tirou um ano para dar a volta ao Mundo. Ouvi a descricäo dos caminhos, dos países, das culturas. Do trabalho no campo em aldeias perdidas na América do Sul. De como aprendeu rapidamente a língua - porque era a única maneira de comunicar. De como viajou com uma amiga, depois sozinha, depois com novos amigos. Ouvi as razöes para ter decidido ficar mais tempo na Índia. Ouvi porque gostou do Nepal mais que de tudo. Ouvi um ano de vida como eu provavelmente nunca vou viver. E senti-me pequena. Pensei em como a nossa visäo é limitada, os nossos horizontes curtos. Achamos que queremos o Mundo, mas näo temos dinheiro para o querer inteiro. Como faz pouco sentido os nossos pais pagarem a nossa formacäo. Como é absurdo sermos dependentes por tanto tempo. E como isso muda o nosso espírito, a nossa maneira de viver...
E de repente cresco de desejos, de mudanca e de quereres. Para os filhos que vou ter, e para a vida que vou viver. Vivendo.

quarta-feira, junho 07, 2006

Há 8 (oito) dias que näo vejo noite.

Habituada ao nível básico de saudade, estranho a segunda carga. Mudei para outro planeta por tempo demais. Até regressar à vida vou engordando com a falta que me fazes.

terça-feira, junho 06, 2006

Capricciosa

Restaurante Capricciosa. Recomendo!

Um bocado barulhento, mas com um conceito fashion e informal. O restaurante fica no local do antigo Gloria Cubana, perto do Garage (velhos, bons tempos).

O restaurante está organizado em cinco ambientes diferentes: A Scena, uma área recatada e intimista; a Piazza, um local dedicado a grupos - ensurdecedor; a Pérgula, uma zona com vista para o exterior, bem mais agradável; o Pizza Bar, a zona do balcão; e o Pizza Lounge, esta situada na parte superior do restaurante, mais tranquila.

A falta de marcação, encaminhou-nos para a Piazza, sinónimo de muita agitação e barulho, mas as pizzas a lenha e as massas bem condimentadas fizeram as delícias de uma noite com muita conversa.

O cardápio em forma de jornal e a denominação D.O.C. atribuída às pizzas serviram de mote ao início da conversa. Daqui partimos para as aventuras e desventuras da vida!

No final, um café - sem café! - à beira rio, com o Cristo e a Ponte, em sfumato (estava sem óculos!) como pano de fundo.

Consegui fugir

Agarrei nas pernas, nos mapas e na curiosidade e fui passar mais uma tarde a Helsínquia. Tudo isto enquanto os doidos que me rodeiam foram, felizes da vida, passear pela floresta, atravessar lagos e fazer jogos em bicicletas estranhas. Tudo isto em equipas e em acesa competicäo, como é natural.

E eu alimentei o dia com mar e ilhas com fortalezas, com passeios pelo mercado e conversas com as vendedoras locais - aproveito para avisar que descobri o melhor queijo de sempre, qualquer coisa que, antes de chegar aos nossos palatos, é assada ou qualquer coisa parecida (o inglês deste povo está ao nível do meu dinamarquês), e um chocolate que, näo sendo muito diferente do que vou comendo por todo o lado, me soube muito bem e me fez comprar um livro todo todo todo sobre chocolate -, dizia eu, mais passeios pelo centro, cafés e afins, encontros acidentais com o Primeiro Ministro Francês ( e what a good looking guy, este Dominique), até que, surpresa das surpresas, cheguei a uma famosa igreja. Tenho que vos falar sobre isto. Esta maravilha Finlandesa foi construída no final dos anos 60 por dois irmäos (arquitectos finlandeses) e, com a vantagem das igrejas luteranas - de täo despojada e simples, despida de santos e imagens, näo parece uma igreja -, com uma música semi-perfeita e uma acústica irrepreensível (isto diz o lonely planet, que destas coisas eu percebo zero), com tudo isto...é linda linda linda e eu só queria ficar ali mais tempo, tele-transportar o meu significant other para estar ali comigo, guardar aquele ar nas nossas vidas.
Depois o dia acabou e estou de novo nesta rotina agressiva de social-nórdico, aulas com north american accent e modelos quantitativos. Intercalando, claro, com quantidades industriaias de géneros alimentícios. Tradicionais e, por isso, irrecusáveis. (Já desisti dos cuidados-de-veräo). A bem da experiência.

Quando a Amizade existe, vale sempre a pena.

segunda-feira, junho 05, 2006

Que bom ler que estás bem!

E que bom acordar e achar que o mundo re-começou perfeito, assim, como um dia, em criança, pensei que existiria...

Acordo e ouço com indiferença as não-notícias na TSF sobre o trânsito, meteriologia, bolsa e os comentários económicos do António Perez Metelo - um must todos os dias -, enquanto tomo o prazeiroso banho matinal e me envolvo no cheiro do champô, amaciador (acho que agora se diz máscara, é mais fino, mas o resultado é o mesmo, parece-me!), gel de banho (aquele para manter o bronze, uma ilusão, sobretudo, quando ainda não se está suficientemente bronzeada...).

Preparo e tomo o pequeno-almoço, a melhor parte do dia, tudo sem pressas, sem atropelos ou confusões (pudera, eu e eu mesma, só se andasse aos encontrões às portas e cadeiras... não fosse viver sozinha...).

Depois de esticado o cabelo (conversa de gaja, desculpem os leitores masculinos), arrisco uma camisa colorida (mais conversa de gaja - sim e depois, só lê quem quer!), daquelas que visto uma vez por ano porque a cor me cansa os olhos e atrofia os neurónios. Composta a toilet, relógio, perfume e acessórios incluidos no kit-não-saio-de-casa-sem-eles, lá vou eu.

À boca do Metro quase que tenho de pedir desculpa à senhora do Destak por não aceitar o jornal. A veemência com que entrega os matutinos é impressionante. Não há viva alma que lhe escape. Mas adoptei uma nova técnica: ao aproximar-me do famigerado local, onde abundam pilhas e pilhas do temido-jornal-sensacionalista, tiro da mala o Mário Zambujal (sim, ainda não acabei de o ler), empunhando-o, numa tentativa simpática e pragmática de explicar que tenho outras literaturas agendadas para o percurso entre Telheiras e o Marquês... Desculpe, sim?!

Lidas mais umas páginas - poucas, mas muito divertidas - porque entre encontrões e pára-e-arranca vertiginosos a tarefa é complicada e a leitura é por várias vezes interrompida, chego ao escritório. Distribuo os Bom-Dia do costume - poucos a esta hora da manhã e sento-me a escrever antes de tudo começar, antes de olhar para a agenda, antes de tomar café, antes de ver os emails no outlook, os reminders a piscar e os post-its colados nas bordas do computador, antes de pensar...

Hoje, apenas as emoções estão a escrever. Essa parte de mim que raramente deixo transparecer assumiu hoje, num acto de pura rebeldia, uma nova dimensão: Não interessa a razão (hoje de greve e sem pré-aviso, ilegal, portanto!) .

E que bom é sentir, assim, sem mais.

sábado, junho 03, 2006

Ponto de situacäo da madrugada

Comeco a habituar-me a isto. A alguns pormenores, pelo menos. Da parte de ser alimentada até à morte vou arrepender-me, com certeza - e com o Veräo à porta a estratégia de aceitacäo tem definitivamente que ser revista. Mas comeco a gostar do jantar às 5, da hora extra de trabalho a seguir, do descanso até às 9 (observem que já saltei o evening snack) e da sauna a seguir. Percebo agora que isto da sauna é uma coisa muito bem pensada: depois de uma pessoa se habituar à agressividade dos corpos despidos por todo o lado, aproveita-se o momento para conversar - no meu caso, saber tudo sobre estes povos estranhos, que é como quem diz o que é que vocês fazem conversam comem pensam sentem, tudo tudo - e, vantagem das vantagens, ir libertando as toxinas, saltar rapidamente para a hot tub e receber umas massagens entre bolhas de água, tomar um banhinho a seguir e sentir o corpo cansado e relaxado como depois do exercício. Relembro que tudo isto SEM exercício envolvido! Ou seja, aprendi definitivamente - e notem até onde tive que viajar - a enganar o meu próprio organismo, os meus músculos e até o meu cérebro. Qualquer dia estou a emagrecer com bolo de chocolate e a perder a celulite com pizza e coca cola. Me aguardem.

Ontem, e porque tive (!!) que arranjar maneira de sair daqui para ir comprar café instantâneo (forte forte, please, que uma pessoa habitua-se ao café Dinamarquês sem adormecer pelos cantos mas isto aqui é demais), andei por aí a ver as vistas. Oh terra linda linda. Ficasse eu inspirada pelo verde, lagos e dias compridos e agora sim é que saíam daqui uns poemas. Mas eu sou mais de leituras que de escritas, e mais de cidades que de campo - nada a fazer.

sexta-feira, junho 02, 2006

Nordic way

Estou rodeada de pés com sandálias e meias brancas e risadinhas sem sentido.

quinta-feira, junho 01, 2006

Finnish sauna


A vida é cheia de surpresas. Uma pessoa vem esturricar o cérebro para um curso intensivo e acaba a destilar numa sauna cheia de loiras nuas. Säo 10 e meia e a noite ainda näo se adivinha. O meu corpo, neste momento, flutua, e é amanhä que me aventuro no banho no lago nos intervalos da estufa. A ver se entretanto acabo com as investidas na comida típica, que os desportos näo säo compatíveis - inexperiência, inexperiência... (Entretanto perguntaram-me se as temperaturas em Portugal näo eram assim mesmo, mais coisa menos coisa.)

(Aqui näo há toalhinha incluída. Felizmente anda por aqui uma Inglesa que me acompanha no bikini... )

"Uma Nova Constituição para Portugal" foi o mote para uma exposição intelectualmente estimulante e politicamente marcante de Adolfo Mesquita Nunes (AMN) promovida pela Concelhia de Lisboa da Juventude Popular ao Caldas.

Estive lá! O Adolfo este em grande. Desbocado, informal, sincero e pragmaticamente utópico. Um discurso pensado e sólido.

Depois da conferência, aqui estou na blogosfera e na arte da fuga (sou uma leiga na matéria e não sei fazer aqueles links fantásticos que ficam sublinhados e são indicados por uma mão informática, mas podem ir pelos próprios meios, no blog arte da fuga - não a de Bach, mas a do Adolfo na blogosfera!).