Banda sonora da recuperacäo

Dinamarca

Só na Dinamarca o paträo ameaca demitir-nos se nos vir a trabalhar.

Taxi

Detesto taxis. Melhor (correccao): detesto andar de taxi. Ontem ofereci a este mundo-explorador dos transportes facilitados nada mais nada menos que 180 Euro. E agora detesto taxis muito mais.

Casa

Voltei para casa. Estou na minha cama, nos meus lencois, com o meu cheiro e as minhas coisas a volta. Ate vejo os meus livros. Ainda consegui ver, de relance em mais um taxi, a minha cidade, e agora o sol esta a entrar na janela do meu quarto. Nao sei como consigo que, apesar de tanta mudanca, casa continue a ser parte de mim.

:)....ou :(

Esta semana tive uma reuniãooooooo (adoro a como isto soa a importante!) com uma professora do ISCTE... correu bem, naturalmente...(já vão perceber porquê...)
Ora pois então, resumindo tudo, muito resumidinho, aqui vai:

Quarta feira começo a estagiar, no OBIS (Observatório de Diplomados) do ISCTE!

Como conclusão:
É bom, pois sim senhor...mas vou ser directamente explorada pelo Estado!
Mas pronto...ao menos sempre fiquei dentro da média dos seis meses até encontrar uma ocupação...
:)

Últimos cartuchos

Vou deixar mais uma casa, um espaco, uma rotina, o sofá onde estou enterrada há uma semana. Uma cidade, mil ruas e cem cafés. Vou deixar (aqui, mas levo-os comigo) os amigos, as sextas-feiras, os fins-de-semana preenchidos. (E vou deixar o veräo da Europa central e voltar para os 6 graus de Copenhaga, ai). Mais uma despedida, mais uma curva.

E o que me está mesmo a chatear é que vou sem ter escrito tudo num certo Moleskine...

Recuperacäo

Gostamos de mimos. Gosto que tanta gente me ligue tantas vezes, ainda que näo goste de preocupacäo, gosto de sentir que, apesar de perdida no centro da Europa (valem-me os amigos aqui), continuo com toda a gente perto. Como se vivia sem tecnologias de comunicacäo?

Tem dois?*

Acabou de me ocorrer que eu nem sequer sei se tenho dois rins. Há pessoas que vivem a vida toda sem saber que nasceram só com um, tudo bem tudo em funcionamento, até que chega o dia em que o rim arranja um problema qualquer e, como näo tem irmäo, a situacäo fica preta. Eu sei que a mim só me doi um (e se doi, caracas, sacana do rim)...

*Pergunta a que, segundo consta (fonte: amigos), todos os jovens do sexo masculino em Portugal tinham que responder depois de estar na fila do quartel para näo-sei-quê da recruta, ou do näo-sei-quê militar, näo me lembro

A Ch@p@...sempre com a música certa, na hora certa...

And so she woke up,
woke up from where she was... lying still...
Said I gotta do something
About where we're going...
(...)

Sweet the sin
Bitter taste in my mouth
I see seven towers
But I only see one way out

You got to cry without weeping
Talk without speaking
Scream without raising your voice

You know I took the poison
From the poison stream
Then I floated out of here
(...)
She runs through the streets
With her eyes painted red
Under black belly of cloud in the rain
In through a doorway she brings me
White gold and pearls stolen from the sea
She is raging
She is raging and the storm blows up in her eyes
She will suffer the needle chill
She is running to stand... still


(porque um vicio é sempre um "vicio"...e a dependência é toda igual...)
:)
"some kind of desire to escape from something that you know you really cant"

Foi preciso ficar assim

Qualquer o canto do mundo onde eu esteja, e independentemente da duracäo da estadia, o meu telemóvel nunca, mas nunca mesmo, fica sem bateria antes do terceiro, quarto (estou desconfiada que às vezes chegamos a rocar o quinto) dia pós-carregamento. Em Lisboa sim, porque vou sempre por pouco tempo e com agenda social preenchida, gracas a deus, mas em mais lado nenhum. Foi preciso ficar doente, febril, assustada, tudo isto perdida no estrangeiro, sem mäe nem namorado para segurar a cabeca, para a coisa comecar a mudar. Deixei de viver com um pato mudo.

Pelo menos näo tenho uma patite v

http://www.youtube.com/watch?v=gQQI3t-IqUM

Dúvida

“Existe um momento de desconforto em que a intensidade com que acreditamos começa a enfraquecer mas em que a hipocrisia ainda não se instalou, em que a consciência está perturbada mas ainda não alterada. É a experiência mais perigosa, importante e mais actual da vida. O início da mudança é o momento da Dúvida. É aquele momento crucial no qual ou renovo a minha humanidade ou me torno uma mentira. (…) Temos de aprender a viver com uma medida plena de incerteza. Não há uma última palavra. Isso, é o silêncio debaixo do excesso de palavras do nosso tempo.” John Patrick Shanley Ontem, quando saía da peça, percebi que ter dúvida não é uma fraqueza. Certa de que estava a sufocar de dúvidas, caminhei em busca da “medida plena de incerteza”. Até 6 de Maio, no Teatro Maria Matos, com Eunice Muñoz, Diogo Infante, Isabel Abreu e Lucília Raimundo. Na dúvida, vão ver.

Sem dúvida

O que Etta James tem em comum com Bernardo Sassetti? My funny Valentine Ao ouvir-se de perto, de muito perto, as versões sobre este tema, percebemos que cada um destes músicos se deixou apaixonar inexoravelmente pelo romantismo deste hino intemporal ao amor. Genial.

Tédio

É demasiado tempo, demasiada inactivadade. Enquanto tenho febre näo penso muito no assunto, só quero que passe. Mas nos intervalos-de-consciência, e porque o cérebro e o espírito já tiveram melhores dias para leituras, näo há série ou filme que ponha o relógio a andar mais rápido. O que eu precisava era de umas resvistas fúteis, parece-me. Porque até o computador só é tolerável nos tais intervalos, e mesmo assim, num feriado em portugal näo nos oferece muito, está-me a parecer.

E näo me sai da cabeca: e aquelas pessoas que näo saem de casa? Que näo fazem nada? O tempo todo nisto, senhores?

Confinamento

Trocaram-me as voltas. Sempre a fazer-me de forte, de despachada, disfarcar sintomas e más disposicöes para poder aproveitar tudo tudo tudo no fim de semana - o trabalho, o Q, as amigas, os jantares, as saídas, a praia -, voltar direita para o trabalho, até que a certa altura näo dava mais, ninguém é assim täo forte, ninguém devia ser assim täo parva. Agora fico aqui, em tédio confinado, repouso absoluto, a perder as despedidas - dos amigos, das cidades, dos recantos -, e sem certezas se vou conseguir voltar para casa (quer-me parecer que sim). Bem que podiam ir dando notícias para eu preencher os meus dias demasiado compridos.

E bom 25 de Abril para todos!

Parvalheira parte....(em quantas vamos?!)

"Diz aquilo outra vezzzzzzzz....!"
"Cala-te mujer!"
"ahhhhhh....váááááá láááááááá...."
"Hummmm....bueno! (...)"
"Podemos falar de coisas bonitas?"
"A 1 cêntimo a lo minuto..."
"Podemos falar da minha mãezinhaaaaa??"
"Todo! Un fim de semana muy sentimental!"
"Ohhhhhh Politooooooo, tu sabes como hablar a una chica melancólica....!"

:)

26!!!!

E como o nosso Sr.Q diz ... dobrei a esquina! ;)

Mas dobramos felizes e com outra visão da vida!
Sempre acompanhada daquelas pessoas que nunca falham!
:)
Um beijo grandeeeeeeeeee
...e obrigada!
Temos uma Arroz (muito)feliz!
;)

Escrevi mil e quinhentas vezes (ou quase lá!sei que foram muitas e a leitura de cada uma doeu na alma multiplicada por 100!)

dUrmir...

Agora tenho de tentar perceber se foi só porque era num teclado...ou se a doença está mesmo a progredir a olhos vistos...
:(

(que vergonhaaaaa....)

ESSE

E entretanto sinto que vou alinhando o presente por pedaços confusos de um passado próximo triste. E entretanto percebo que esta tristeza forjada era e é evitável. E entretanto temo o presente. E entre o que virá quero saber o que será. E entretanto, tantos (momentos e pormenores) e tantas (memórias, pessoas, vidas e situações), penso que não devida pensar tanto. "(...) desejava ser útil. Mas as suas ambições flutuavam, intensas e vagas; ora pensava numa larga clínica; ora na composição maciça de um livro iniciador; algumas vezes em experiências fisiológicas, pacientes e reveladoras... Sentia em si, ou supunha sentir, o tumulto de uma força, sem lhe discernir a linha de aplicação. (...)". E entretanto sinto-me, aqui e ali, o Carlos, queirosiano, versão feminina, nos meandros de um bric-à-brac jurídico-legal.

Cidades

Café De Jaren, Amesterdäo

Adivinho que tudo se vai repetir, multiplicar. Como sinto e vivo Lisboa, a falta visceral de espacos e de momentos que, de quando em quando, me assalta. Vai acontecer o mesmo. Com Amesterdäo, com passeios pelas ruas, cafés ao sol, jantares em canais, conversas intermináveis. Aproveitamos a vida, bebemos tudo num só trago, e vamos vivendo as ausências depois. Mas, como dizia o Drummond de Andrade, ausência näo é falta. Sinto falta mas fico com a ausência. Memórias, somos feitos de memórias.

Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.


Carlos Drummond de Andrade

Metamorfose ambulante (dedicada)

(font)

Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo

Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio amanhã lhe tenho amor

É chato chegar a um objetivo num instante
Eu quero viver essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo

Os portugueses e os italianos são os europeus menos felizes e menos satisfeitos com a sua vida (...).

Quanto aos cidadãos mais felizes e satisfeitos, no topo da tabela estão os dinamarqueses, seguidos dos finlandeses e dos irlandeses. A Suécia, a Holanda e o Luxemburgo ocupam, segundo os resultados da análise, a quarta, quinta e sexta posições, respectivamente.

(aqui)

Os Dinamarqueses, bolsos pesados e vida fácil, viajam para o sul. Os Finlandeses são malucos, e a locura facilmente distorce os padrões de felicidade.

E nós, cheios de recursos, de sol e boas cores, vivemos com as nossas exigências perto dos deuses - lá em cima, alto, alto.

ora ai está (outra vez...)

Beber a vida num só trago, e nesse trago
Todas as sensações que vida dá
Em todas as suas formas (...)

(FP,Primeiro Fausto,
A falências do Prazer e do Amor...)

Mary Rice,

quando partes para o norte (do país)? Dia? hora?

Infortúnios de dias preenchidos

Vou perder a Chapa e o Jacinto em Amesterdão. Ficam sem saber onde estão as melhores batatas fritas da cidade...

Carregar o Mundo

A cada mudanca, a cada nova vida, ganhamos dias, cidades, pessoas e bocados de nós. E a cada nova viragem, de tudo isto, fica o que carregamos no corpo. Na memória. Do resto, fica a ausência. E ainda que tudo e todos sejam visitáveis, ainda que possamos voltar sempre aos espacos onde vivem as nossas memórias, tudo tem que mudar.

Os dias estão cheios de frases. Carregar o Mundo nas costas nasce nas conversas com frequência, sempre para falar de uma vida pesada, culpada, sofrida. E de repente, em conversa, percebi que temos pensado tudo ao contrário, que andamos a usar as palavras no lugar e tempo errados, que a ideia de transportar o mundo é genial e fascinante: vou embora, mas quero levar tudo e todos comigo, levo os amigos e as palavras e os jantares e os cafés e os espacos. Levo mais um mundo que cresceu aqui, em tão pouco tempo, e ficou enorme, enorme. Mas eu consigo carregar grandes pesos. (Pesos destes, carrego a sorrir). Vou crescendo também.

Veja esta fábrica: estamos perante o espanto sobrenatural. Tudo é tão estupidamente previsível nestas máquinas que se torna surpreendente; é o grande espanto do século, a grande surpresa: conseguimos fazer acontecer exactamente o que queremos que aconteca. Tornámos redundante o futuro, e aqui reside o perigo.

Goncalo M. Tavares
- A máquina de Joseph Walser -

C'MON!!!!!!!!!!!

Ok! A viciaada em anúncios nunca descansa!
Estes bonecos já não são estranhos a ninguém!
Eu sou....naturalmente...uma fã!

Podemos vê-los aqui...http://www.thecmons.com/index-en.html?.=.
Agora ficamos a saber que a sua origem está numa banda de Barcelona!( o que não se aprendeeeeee...espantoso!)
Eles falam e tudo!!!!!!!
(ok...não andam muito mais do que um "c'mon" para aqui e outro "c'mon" para ali!...mas perspectivas a 360 é sempre giro,certo?!)

Para mim...é boa publicidade!

Não querendo ser mazinha...mas já o sendo...

Descobri que pela lógica do nosso PM... além de ser licenciada em História (o que me tornou automaticamente Historiadora aos olhos do IEFP - hum....quem sabe já são directrizes...!) sou também Arquitecta (estive lá um ano!), Artista Plática (pela Universidade de Évora!), sou também Vitrinista (mas isso ja sabiamos todos, é claro!) e Ilustradora (pois!)... mas aproxima-se ainda uma "pós graduação" em Jornalismo (tendo em conta o curso de 15 dias que estou quase a acabar no CENJOR!)...E finalmente já devo ser Mestra em Historia, Defesa e Relações Internacionais (visto que já estou no segundo semestre do primeiro ano!)

Este país é um espectáculo!
Já viram o meu Cv aos olhos do nosso PM?! Ui! E a carreira que tenho com tão tenra idade?! Oram digam lá se é dificil ter formação superior neste país?! Não é!
E depois vêm dizer que não temos qualificações ai e tal...olhem só para mim!
...que maravilhaaaaaaaa....

Parodia - Sabidão e Ariel

A sacanege que fizeram com a Ariel...BRU-ZUN-DAN-GA!

Consta por aí que sou obcecada por comida e que o destino dos meus dias está quase sempre directamente relacionado com o que/ onde vou comer a seguir. Consta e é verdade. Sou pelos prazeres. E pelas descobertas. E pelas repeticöes.

Ontem foi etiópio.

Amesterdão (II)

A despedida perfeita tinha que incluir a cidade dentro da cidade. Correr as ruas com quem sabe tudo sobre tudo, saber as histórias, pensar nas causas. Esta escultura, por exemplo, está na calcada (no chäo) nas trazeiras da Old Church, enterrada entre janelas com prostitutas e cafés duvidosos. Mäo anónima, peito anónimo, autor anónimo. Amanheceu ali há uns anos, e muito poucos däo por ela. O cadeado näo prende nada - a mäo (o homem)? o peito (a mulher)? Quem está preso a este mundo?

Depois houve o sol nas ruas da cidade, as esplanadas e o trânsito no canal, o vinho ao final da tarde a ver a vida passar, o jantar temático. O dia foi perfeito. Como a vida aqui.

Simplesmente Senhor Sócrates

Sócrates esteve três anos em Direito na Lusíada, diz o Sol. Além das frequências no ISEL e na Universidade Independente, o primeiro-ministro José Sócrates esteve igualmente inscrito, durante três anos lectivos, no curso de Direito da Universidade Lusíada. A notícia é avançada na edição online do semanário Sol, que refere ter obtido a confirmação junto do gabinete de José Sócrates. Quanto à desistência do curso, depois de ter estado inscrito nos anos lectivos de 1987-88, 1988-89 e 1989-90, ficou a dever-se a razões de índole pessoal, mesmo porque, até ao abandono, o primeiro-ministro não chegou a fazer qualquer exame. O Sol recorda que José Sócrates foi eleito deputado pela primeira vez em 1987, numa altura em que tinha como habilitações académicas o bacharelato em Engenharia Civil, pelo Instituto Superior de Engenharia de Coimbra. Após a passagem pela Lusíada, Sócrates viria a inscrever-se, anos mais tarde, no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e, em seguida, na Universidade Independente, onde acabou por concluir a licenciatura em Engenharia Civil. in Diário Digital, 13.04.2007 Os factos brotam em catadupa dos jornais e da televisão e o gabinete do Primeiro-Ministro anda a reboque da comunicação social. Fica a dúvida, a falta de transparência. Minhas Senhoras e meus Senhores (Drs., Engs. ou Professores - who cares?), desculpem, mas não há paciência. Não quero dar demasiada importância ao caso, mas não podia deixar de manifestar a minha indignação. Eng. Sócrates? Dr. Sócrates? ou Simplesmente Senhor Sócrates? Defina-se.

Revivalismo jazzístico

O que ando a perder http://www.robinmckelle.com/.

Amesterdão

Vou passar o dia a despedir-me de mais uma cidade. Vou vivendo por aí, conhecendo ruas e caminhos novos, apaixonando-me por ares e cantos pelo mundo. E de repente as cidades deixam de estar à mäo de qualquer apetite, qualquer sábado preguicoso ou qualquer dia cheio de sol.

Gosto de cidades. Gosto das ruas, da calcada, das lojinhas e dos cafés, restaurantes mercados pessoas e livrarias. Por aqui, gosto dos canais e das casas despidas.

Como pelo norte, em nenhuma cidade da Holanda há cortinas. As janelas säo enormes e mosra-nos a casa e a vida das pessoas. E eu adoro, porque sou curiosa, porque gosto de imaginar pedacos-de-dia, gosto de decoracöes e gosto de andar pelas ruas a sentir que ali se vive. E gosto de candeeiros. Muitos candeeiros tenho visto por aqui. Classifico os apartamentos despedidos em gosto, näo gosto e quero. Nesta última categoria incluo, normalmente, todas as casas em que a janela nos mostra directamente uma parede forrada de livros. Porque uma cidade também näo o é sem livros.

E a despedida vai ter um cheiro triste. Porque vai ser o último dia nestas lides, dia de amigos. Dizer adeus a esta rotina, mas adivinhar novas rotinas. Com os amigos. Da Holanda para o Mundo, sim?

'cause a girl can't just read without lipstick.

Pensamentos matinais

Agora que me apercebi que já falamos no tempo da faculdade, dei por mim a pensar nisto. Nem nos apercebíamos do previlégio, do bom que era saber que íamos chegar, todos os dias de manhã, e ter os amigos ali. Não acho nada que, falando de trabalho, those were the days. Fartámo-nos de estudar, o stress antes das orais não desejo nem ao Paulo Portas (já àquele senhor que espetou com o outdoor mais repugnante de sempre no centro de Lisboa, pode ser), e decorar anatomia não é das coisas mais divertidas da vida. Acordávamos cedo na mesma, enfrentavamos o trânsito da 2da circular (mais eu, não é?), mas depois chegavamos às dores abdominais com tanto riso, almocávamos todos todos todos os dias juntas, não nos largavamos.

Agora estou rodeada de branquelas bochechudos que se empanturram de sandes sensaboronas em semi-silêncio (ou antes fosse, que não perecebo nada do que eles dizem). Quero as minhas vets de volta.

A distância aprende-se

(Isso ou como escolher bem os amigos).

Eu sou miúda que näo pede autorizacäo

Uns anos mais tarde, na fantástica Herdade de Família Arroz e em dia de grande CARACOLADA. Estou enganada?

Semana gostosaaaaaaaa...;)

E a semana que passou foi muito boa!!!! :) :)
Os dias até podiam ter sido todos uma treta, podia ter chovido muito,o frio que viesse...e mesmo que a passadeira das malas que vinham da terra do "tá-se bemmmmm...com calmaaaaa..." demorassem 10 horas para começar a rolar, que nada...NADA ia tirar o gostinho bommmmmmm que foi ter comigo as minhas duas belezas!(coisas lindaaaaaaas - com pronúncia a Mafada,f.f.!) As magníficas! As minhas fofuxinhas lindas!
(e desta vez vai mesmo a cores porque este trio é uma MARAVILHA de ser ver!)

:)
e o jantar?! Ui! Uma beleza que só vista! (quando me deitei fiquei com vontade de comer outra vez...porque seria?!...hum....)
Quando a companhia é boa é assim que sabe!
:)

Craro que não voltei a fazer um boi...e que agora tenho exame amanhã, trabalhos para apresentar esta ssemana e... upssss...outra vez distraída! Eu não resisto, que posso fazer?!
:)

Depois veio a Páscoa! mas desta vez só abusei nos salgados!
Família reunida...criançada a brincar..."Cárólaaaaaaaaa?!" para aqui..."Cárólaaaaaaa?!" para ali!Com direito a pic-nic para a Princesa debaixo das árvores das heras - que ela acha que é a selva,claro!
E só choveu quando voltei para Lx! Nada mau!
Muito bom!
E zero trânsito!!!!(deve ser porque eu sou uma menina bonita e bem comportada!)

Hoje começei o meu cursinho novo...a que horas minha gente?! Ah pois é! Ás las 9 da madrugada já eu andava na passeata! A formadora enganou-se na hora...conclusão: a tal hora andava eu a tomar cafés numa bela esplanada de Lx, com montes de patos...um laguinho...PAVÕES...e galos a cantar por todo o lado!Ah,e um monte de pombas que acharam que eu tinha graça...malvadas!(abomino semelhantes animais!-deculpem lá defensores dos animais...eu também os aprecio muito, mas tudo o que tem asas e não está num prato com um bom tempero...mete medo à Maria!-quem manda ver aos 12 anos tal filme...deu trauma!)
...saudade dos sábados de manhã quando iamos à baixa passear e descobrir ruas...
:)

E mais...?! Deixa cá ver...hum...
A babe do norte ficou a conhecer as más companhias da Maria...uma desgraça...Vês o que aconteceu porque te mudaste para essas terras?!Ah pois é...culpa tua!
;)

Hoje fica assim...amanhã há mais!
E sem esquecer a música da semana!Que se o Alé Maria não me dissesse como se chamava...eu ficava a noite toda a dizer que era "aquela do anúncio da Vodafoneeeee"!
Parola que só eu!

(obrigada garoto legal!)
(...)
Turning away from the light
Becoming adult
Turning into my soul
I wanted to bite not destroy
To feel her underneath
Turning into my soul
(...)

...pronto...tou lamechas outra vez...
(deve ser do periódics!)
...e também já deu para reparar que me rendi de vez a estes bonecos parvos...(são nãoooooo...!)

Terras chatas

Regressada ao país plano e às temperaturas menos amenas, ainda ando por aqui a tropecar em roupa para lavar, trabalhos acumuldados e mentalizacöes da ausência. Amanhä as coisas acordam diferentes, e andamos sempre nisto: voltas e voltas e idas e vindas. Ainda assim, que bem que soube a comidinha japa com as amigas da cozinha, a família toda à volta no jardim e o sol e as tostas no Adamastor. Já para näo falar de tudo do que fica por dizer.

Agora viremos o disco para o lado B. Da vida.

Operacão Biquini

Nem apetece, que por aqui ainda continuo a tremelicar (palavra deliciosa) de frio e nem as previsões para o fim de semana em Portugal ajudam e dão motivacão. Mas parece que já ía sendo tempo de largar a ingestão compulsiva de gelados e queijos e de por este rabo a mexer. Isto de morar no norte faz-nos esquecer as coisas realmente importantes.

A finlándia

A Finlándia é um trauma que eu tenho na vida. Ainda estou para descobrir se vai durar, se é doenca crónica, incurável, ou se ainda acordo um dia a pensar que não há nada de errado com o país e que o convívio com Finlandeses será tão pacífico como com pessoas de outro país qualquer. A Finlándia é um país bonito, cheio de lagos de cortar a respiracão e com cores e luzes que não vi em mais lado nenhum. Na Finlándia, no Verão, os dias são enormes, intermináveis, e a luz parece eterna. Eu só conheco a Finlándia no Verão.

Escrevi quatro vezes Finlándia (cinco agora, tudo isto mal escrito ainda por cima) em início de tentativa de mentalizacão. Acabei de decidir voltar a passar 10 dias numa cidade qualquer perdida pelos campos do país. Da Finlándia. Provavelmente, e mais uma vez, rodeada de Finlandeses (loucos, loucos), saunas, geeks e conversas aterradoras. Volto a levar o Brasil comigo - valha-nos isso - mas não me sai da cabeca que vou voltar a viver o pesadelo. E eu que gosto tanto de viajar. Nào podia o raio do curso ser no Brasil, em Itália, em Marrocos?

(Para dar cór e um cheirinho de destruicão de saudades. Já se adivinham as conversas, os risos, os abracos e o chingamento. Que nós somos miúdas que não passam sem mandar vir umas com as outras. Tudo com amor.)

Brasilim

Até amanhã, os dias lá em casa tém sotaque. Bom ter os amigos aqui. Eu bem que queria por uma foto, mas ontem dedicamo-nos ao Suriname (co-mi-da) e a por a conversa em dia. A ver se hoje ainda sai qualquer coisa.

do melhor para quando se tem sede no deserto!

A ultima coca-cola do deserto -...ou melhor, aquela que tem a mania que é a " Última Coca-Cola do Deserto"... - foi transformada em...(tcham-tcham):

"A Última Margarita do Deserto!"

(é em estrangeiro...porque somos um blog internacional,tá?!)
Ingredients:
5/10 Tequila
3/10 Triple Sec
2/10 lime or lemon juice
A lemon segment
Salt

How to make it
Moisten the rim of the glass with the lemon segment and frost with salt; let the glass cool well in the freezer. Place some ice cubes in the shaker and add all the other ingredients (Tequila, Triple sec and lime or lemon juice). Shake for 6-8 seconds and strain into the chilled glass.
The cocktail is ready.


Bem, e no final leva uns ingredientes especiais...mas que são o segredo desta única "Última Margarita do Deserto"!Receita especialissima aqui da cozinha do Arroz

Estou para aqui que não me decido se estou feliz se estou triste. Um turbilhão de sentimentos, de emocões. Uma boa notícia e depois o banho de realidade. A viagem que se aproxima e a previsão da volta, e da ida, e da volta, e da ida... Os amigos a chegarem mas a chuva que resolveu, mais uma vez, dar o ar de sua graca. Uma confusão, estes dias, estas horas, esta cabeca.

Mas o mai importante mesmo é que percebi que vou ser ausente. E que não gosto nada disso.

Vida de Cientista

10 % do tempo a pensar
10 % a produzir
30 % a procurar informacão (procurar, procurar, prourar, ...)
5 % a mandar emails (tem? arranja-se? existe?)
10 % em aviões
35 % a fazer POWER POINTS

aaaiii

... para rematar a semana...

Ring ring ring goes the telephone
The lights are on but there's no-one home
Tick tick tock it's a quarter to two
And I'm done
I'm hanging up on you

I can't keep on waiting for you
I know that you're still hesitating
Don't cry for me
'cause I'll find my way
you'll wake up one day
but it'll be too late

Every little thing that you say or do
I'm hung up
I'm hung up on you
Waiting for your call
Baby night and day
I'm fed up
I'm tired of waiting on you

Every little thing that you say or do
I'm hung up
I'm hung up on you
Waiting for your call
Baby night and day
I'm fed up
I'm tired of waiting on you

Acho que é mais ou menos isto...

Resumo da semana...

Uma semana supostamente de férias...
Bem, nem me posso queixar muito, afinal só na minha consciência não tive de férias! (ainda andei a passear um monte de txt's para estudar...mas de facto não vai por osmose...)

Como o Marcelo: o Mau...

Descobri que tenho de voltar ao meu Programa de 12 passos...é!
Depois de cerca de três semanas estáveis, onde a companhia não era questionada e era sempre agradável, sem compromisso sério (como o outro dizia "na desportiva" mas consciente)...descobri que ainda não estou preparada para a parte séria...ou pelo menos para stressar! Não! Acho que ganhei mesmo o gosto da solteirisse!
(arggggg...será que virei vagaba?!Vou escrever para a Maria!)
Sem dúvida que é muito bom ter alguém a quem se telefona sem qualquer desculpa parva para se falar...Mas nos dias que correm... Abominei sentir qualquer coisa parecida com controlo...-estranho não?!
Tou fora!

O "Dez Valores":

A PA-RO-LA foi à cidade! Ou melhor, meninas "Fui a Lisboa!"
(ou melhor ainda...fui à Baixa!)
Daqui só há a retirar que: fiquei pior da constipação...e continuo a não ter feitio de "Gaja que vai para compras"!fico profundamente irritada com o "entra e sai" de loja, experimenta "isto e aquilo"...não dá! Continuo a ser garota de ficar, a lesmar, numa esplanada a ler, tomar café, desenhar e/ou a ver quem passa!ISSO SIM É GIRO!
E nisso consigo passar realmente horas! Compras...NÃO!Ou então vamos directos aquilo que queremos comprar!
Mas pronto...já passou...
E realmente parecia uma PAROLA...pois não sabia colocar o bilhete de metro na posição correcta...(O DESENHO É QUE ESTÁ MAL FEITOOOOOO,tá?!)


o Bom:
Esta semana tive também a primeira reunião de negócios!Ah pois é!Directivas saídas desta reunião?!
O ramo da coisa já está decidido!
(Depois de duas horas...só acertamos esta parte...a conversa tem tendência a ir sempre parar a outros lados...mas para primeira reunião: Nada mau!!!...Semana que vem há mais...)


O "Suf. Menos":
Depois na quinta fui aliciada com um jantar no Japonas...mas fui parar a um Chinês! (é assim mais ou menos a mesma coisa...!!!!)
Sara e sr Q. conto com a vossa especialidade esta semana!Só para avisar...

E mais tarde no Bairro fui assediada por um velho bêbado...o que foi muitooooo agradável...NÃO!
Cortou completamente o meu barato !:(
(Mas é sempre bom saber que temos a capacidade de atrair várias camadas e estratos!)
;)

E no final da semana -...com a gripe transformada em pneumonia... - arrastei-me até ao jantar de aniversário do amigo ABB!
(Bom restaurante, menina Prp - quem trata do nosso roteiro cultural!Alfandega! Perto do nosso antigo costumeiro Galera...se lembram?!)

Depois a promessa de não ser levada para um lugar onde a música fosse controlada pelo ritmo da perna esquerda e indicador direito apontado...ou vive-versa!
A opções eram: ou vamos a um lugar que passe música decente para dançar - e não para fazer aeróbica!- ou vou para casa dormir...
...Lá fui enfrentar o meu medo mórbido de multidão em espaço minúsculo!

e dai há a retirar...
...que o tal de mundo - voltou -a não acabar...!
(Irra!que sou sempre enganada!...Sempre e cair em conversa mole...)

mas vá...essa nota fica ainda em avaliação...(sem mentes perversas,tá?!)
De facto já não tenho idade para estas coisas...
ah...doces 16...

E para finalizar (Tio Marcelo...)
descobri quue realmente sou demasiado teimosa! (até mais que o tal comerciante chinês...desconfio)
Não consigo ficar quieta perante qualquer provocação...e a última resposta tem de ser minha!...basicamente sou impossivel de aturar...
Além das horas que consigo passar num café...também tenho a capacidade de passar horas numa discussão tipo "Tu é que és!" Vs "Não!Tu é que és!"...

Perante esta semana que passou...tenho de voltar ao meu programa de 12 passos...
Aceita-se sugestões para:
Qual a planta mais duradoura do mundo?!
(mais que um cacto,por favor!)

:)
bjssssssssssssssssssssssss

14 horas. Aeroporto da Portela. Sem óculos, engano-me na saída das chegadas, mas - mais volta menos volta - chego. Saudades. Que bom. Conversa em dia. Almoçamos, claro. Onde. Bloqueio. É irrelevante. Vamos.

Passam-me, em jeito de flash, as imagens das férias no Algarve, as noites, a praia, a pela bronzeada, os jantares, aquele sotaque, as festas, a rádio Foia, o Citroen 2 cv, Lisboa, Atenas, o Porto.

A conversa flui a um ritmo alucinante. Um spaghetti bowl delicioso.

E o almoço que não queria acabar. E que bom estar ali. E que vontade de ficar.

Mas o Trabalho chamava.

Depois de 4 horas de concentração: Dever cumprido. (Aquele) Trabalho (faltam-não-sei-mais-quantos) está (quase) acabado. Uma última revisão. Amanhã.

Hoje, resta-me o descanso. Um sorriso.

Alguém concluiu hoje que a vida é uma construcäo de pecas de lego em constante mutacäo. Pecas de diferentes cores e formas que se väo acrescentando, retirando, combinacöes diferentes que väo transformando a paisagem envolvente, a circunstância. Mais que isso, se tirarmos uma encarnada para de repente juntarmos uma série de amarelas novas, mudamos completamente o cenário inicial.

Há pecinhas pequeninas que säo filmes ou livros, pecas intermédias e de importância variável que säo viagens, espacos, cidades, momentos. E depois há umas muito grandes e coloridas que säo pessoas. Säo pecas que se väo tornando essencials à medida que a construcäo do momento se vai adaptando aos dias; väo mudando de posicäo e motivando a alteracäo de outras pecas e, de repente, säo alicerces.

Mas mesmo essas pecas, porque alguma coisa o obriga, väo perder a posicäo central. Matámos Deus e por isso näo é ele quem manda no jogo. Mas cada peca que se perde é uma despedida, cada substituicäo é uma mudanca.

E foram os Dinamarqueses que inventaram isto. Mas eles säo mais frios e distantes, desligam-se facilmente e näo lidam com os afectos como nós. Malefícios da globalizacäo.

E, de repente, entro no blog e apercebo-me que ganhou Salazar. Mas ganhou o quê? Leio o jornal e os comentadores que gosto de ler comentam o tal programa que elegeu Salazar. Nunca vi o programa. Mas, penso, não haveria por algum acaso mais Portugueses para elevar a desígnio nacional? Como pode o Projecto Europeu avançar quando a maioria dos Portugueses (espero que o voto tenha sido por maioria!) escolhem o Homem que fechou Portugal em Portugal? Sem esquecer, claro, que um dos requisitos para a entrada de Portugal para a Comunidade Europeia era e foi o abandono de um regime político autoritário. Que não se referende o Tratado Constitucional. Temo pelo sentido de voto (da maioria) dos Portugueses.